Alexandre Garcia
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Foto: Antônio More |
A prisão temporária do
jornalista e blogueiro Oswaldo Eustáquio se esgotou. Depois de ter prorrogado o
tempo de prisão dele, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que
Eustáquio não pode acessar as redes sociais por enquanto. Em outras palavras,
ele não pode exercer a sua profissão. Nunca se viu isso.
O ex-presidente da Costa Rica,
Óscar Arias, dizia que a diferença entre um país democrático e um não
democrático é que o democrático não prende jornalistas. A prisão de Eustáquio
foi política e pela opinião dele.
Impedir o exercício da
profissão de jornalista simplesmente rasga o artigo 220 da Constituição. Aliás,
a Constituição está sendo rasgada a todo momento no inquérito das fake news, ou
do "fim do mundo" como nomeou o ministro Marco Aurélio. Estão tirando
o direito à opinião, à liberdade de expressão, ao sigilo da fonte e à
privacidade.
Mas o que me horroriza é o
silêncio das entidades supostamente representantes do jornalismo. É um silêncio
sepulcral, eles estão se enterrando. São pesos diferentes para casos
diferentes. Quando o The Intercept publicou conteúdo de hackers que
invadiram contas privadas de autoridades, as liberdades foram garantidas. Mas a
liberdade de Eustáquio não foi, ele só criticou o STF.
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