Curso de inglês é flagrado derrubando pau-brasil em Botafogo; árvore foi cortada sem autorização

Crime aconteceu na Rua Vicente de Sousa, esquina com a Muniz Barreto. Ato foi registrado por um leitor e a patrulha ambiental foi acionada

Gabriella Lourenço

Com seu charme e presença nas ruas da cidade há muitos anos, as árvores embelezam diversos bairros do Rio de Janeiro. Procuradas por oferecer sombra e frescor durante os dias quentes de verão, elas são um refúgio para aqueles que buscam alívio do calor. No entanto, conforme relato recebido pelo DIÁRIO DO RIO, na última quarta-feira (18/9), um pau-brasil plantado pela Fundação Parques e Jardins (FPJ) há dois anos foi cortado sem autorização por um curso de inglês em Botafogo, na zona Sul da cidade.

O crime ocorreu na rua Vicente de Sousa, esquina com a Muniz Barreto. O ato foi registrado por um leitor do jornal, que acionou a patrulha ambiental. Na tentativa de escapar do flagrante, o sócio do curso de inglês tentou recolocar a árvore, mesmo sem as raízes, antes da chegada dos agentes.

Moradores da área, que cuidavam e regavam a Caesalpinia echinata, nome científico da árvore, manifestaram indignação com a situação. O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mas ainda não obteve resposta sobre o caso.

Vale lembrar que a autorização para a poda ou remoção de árvores em áreas públicas deve ser solicitada exclusivamente à prefeitura. O serviço deve ser realizado por uma empresa ou profissional credenciado pela Fundação Parques e Jardins. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB) é responsável pela poda e remoção de árvores em calçadas, praças e parques.

Espécie típica das florestas tropicais brasileiras e da Mata Atlântica, o pau-brasil se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. Em 2004, entrou para a lista de árvores ameaçadas de extinção e sua exploração comercial está agora restrita por lei.

Título e Texto: Gabriella Lourenço, Diário do Rio, 19-9-2024