sexta-feira, 20 de setembro de 2024

[Aparecido rasga o verbo] Os gritos dos candidatos a cargos públicos e as putarias que esses desqualificados deixam por onde passam

Aparecido Raimundo de Souza 

SENHORAS E SENHORES, infelizmente, o processo eleitoral é um momento crucial dentro de uma merda fedorenta que todo mundo chama de “democracia”. A “democracia”, como sabemos, de cor e salteado, não existe. É uma coisa utópica. No lugar dela, temos a “demoniocracia”. Essa droga, como um cigarrinho do capeta, existe e tem uma força ativa desde os tempos em que se pegava moscas com açúcar. Nessa desgraça, os cidadãos (nem todos, alguns escapam) têm a oportunidade de escolher seus futuros ladrões e assaltantes dos bolsos. Essa escolha, atentem para esse particular, não se limita apenas ao voto. Também se estende às urnas virgens e castas, ou no bom português, aquelas coitadinhas que ainda não foram defloradas pelo tal do “voto sério.” Voto sério em nosso país, é como um morador de rua ter uma mansão igual ao de Cristiano Ronaldo, construída sobre uma rocha natural, projetada em forma de “C” em Lower, na pitoresca Miami. 

Nessa babel gigantesca, os candidatos a cargos públicos têm voz. Uma voz, diga-se de passagem, tonitruante — uma espécie de grito enlouquecido como o das bichas camufladas à procura de um pau volumoso. Enfim, uma válvula de escape que os manés e imbecis consideram importante nesse tumultuado processo. Vamos tentar explicar o que se pode chamar de o "grito" nascido deles. Esse "grito", senhoras e senhores, mais parece um pedido de “vote em mim que vou lhe sentar o ferro no caneco sem que você sinta um tiquinho assim de incômodo.” Pode ser interpretado de várias maneiras. Em primeiro lugar, ele representa a manifestação doentia das ideias e propostas furadas dos candidatos se rastejando como cascavéis famintas. Cada uma dessas víboras apresenta a sua visão para o futuro (o futuro deles e delas, logicamente), abordando questões como saúde, educação, segurança e desenvolvimento econômico. É nesse momento que os futuros filhos da puta — perdão — que os futuros candidatos tentam se destacar entre seus concorrentes, utilizando discursos, programas e promessas que ressoam com as necessidades e desejos de quem somente busca o poder em proveito próprio. A população, para eles, que se dane!

Além disso, o grito — melhor dito, os berros, os latidos dos candidatos — é uma resposta às demandas sociais. Em tempos de crise — como a que o nosso brazzzzil atravessa — eles se posicionam sobre problemas urgentes, como a desigualdade social, a corrupção e a falta de transparência na gestão pública. Esse clamor por mudanças e soluções é fundamental, uma vez que reflete o que a sociedade espera de seus novos embromadores e picaretas. Outro aspecto importante do expluir dos candidatos é a batalha ferrenha pela visibilidade. Com a competição acirrada, muitos recorrem a estratégias de marketing e comunicação para alcançarem o eleitorado. Esses cânceres usam as redes sociais e se dão ao luxo de debaterem e fazerem campanhas publicitárias que, no geral, se tornam ferramentas essenciais para amplificarem as suas vociferações e, assim, conquistarem a confiança “das” e “dos” trouxas. Em nosso país, o que mais temos são pombocas e vivaldinos. Eles se assemelham aos candidatos. Vêm em pencas. Aparecem em qualquer esquina disfarçados de bufões. Se propagam e se disseminam como ervas daninhas, tipo fogo morro acima e água morro abaixo.

Seus latidos falsificados e corrompidos nem sempre são ouvidos. Muitas vezes, os futuros fajardos enfrentam desafios como a desinformação e a apatia dos eleitores. O desencanto com a política "honesta" pode fazer com que propostas inovadoras e as vozes autênticas (kikikiki) se enfumacem em meio a um mar bravio de engodos vazios e discursos populistas respingados com a mais nojenta vontade de foder os incautos. Nessas horas, entram em cena os palhaços; os carequinhas; os trocentos patatis e patatás; bem como os piolins; os torresmos e pururucas; os marcos frotas; os tiriricas e as mulas. No geral, outras pestes, promovendo anarquias, quebra de janelas, mesas e cadeiras. Pasmem: já que falamos nisso, pessoas que a gente pensava ser do bem (como o jornalista Danaantena,) fomentam em rede nacional ceninhas dantescas, tendo por detrás deles as famosas redes de televisão. Como a putaria anda à solta, esses camaradas, em busca de um assento nessas pocilgas públicas, melhor dito, nesses pardieiros, deveriam usar uma história diferente — qual seja, aparecer pelados, fosse batendo uma punheta ou transando com uma dessas “periguetes da zona.”

Danaantena, lembrando a sua fúria incontida, aliás, uma cena digna de um boçal, usando a sua carteira de apresentador, seria mais humano ter poupado a Cadeira. A pergunta que fica é uma só: o que aquela pobre coitada da cadeira tinha a ver com a fúria dele? Cá entre nós, senhoras e senhores, é coisa de jornalista despirocado das ideias. Não é? Que feio! Em face desse baile funk, desse swing com cara de bordel, seria mais honroso que a nossa sociedade (de hipócritas e repleta de “cus-fedidos”) estivesse atenta ao que os nobres e “caucaucaõdidatos” têm a vomitar — perdão, a dizer. O povo sofrido, pisoteado, mais quebrado que arroz de terceira, careceria de criar vergonha na porra da cara e participar ativamente do processo eleitoral. Se fazer presente no sentido de questionar e debater as propostas desses flibusteiros apresentadas com suas fuças de cores mirabolantes. Essas seriam algumas das atribuições de um povo unido que fortaleceria a surrada demoniocracia... quem sabe, ela envergonhada, largasse de dar o “pescoço em francês” e voltasse a ser, de fato, uma democracia com “D” maiúsculo?

Os gritos desses pilantras e salafrários, desses vermes e ratos de esgoto, dessas lacraias e punguistas, se bem colocados ou usados, agiriam, igualmente, como convites à reflexão e à participação cidadã. Nesse tom, senhoras e senhores, cabe aos eleitores, os cordeiros e ambrosíacos de venda nos olhos, como a mundana da justraça sentada confortavelmente na frente da casa da Mãe Joana, ou (STF), recordando, não outra senão aquela vagaba com a espada no colo, responder a esse apelo ou a esse pedido de “socorro-urgente-pra ontem” com responsabilidade e engajamento. Em resumo, senhoras e senhores, o esturrar dos candidatos à cargos públicos, como está sendo usado nos dias de hoje, é um elemento essencial do processo não democrático, mas literalmente demoniocrático. Ele representa — jamais esqueçam disso — não apenas as aspirações de quem busca um espaço para “mamar” e “meter as mãos sujas em nossos trocadinhos suados”, mas também, e, acima de tudo, solidificar de modo pétreo as aspirâncias e os medos de uma população desenfreada e desgastada à beira de um ataque de nervos. Ouvir, analisar e participar desse diálogo é vital para construirmos um futuro melhor para todos e afastar para os quintos do caralho o “desfuturo”, no sentido de que as vindouras gerações não se estrepem nas sanhas da miséria ou passem, como nós, por outros tantos e novos percalços e privações.

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha no Espírito Santo, 20-9-2024  

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