segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Autor de segundo atentado contra Trump deixou carta confirmando a tentativa de assassinato

O caso levanta preocupações sobre a segurança de Trump e revela a intolerância de esquerdistas contra candidatos e grupos de direita

Allan dos Santos

O homem preso na Flórida após a segunda tentativa de assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após ser flagrado com um rifle no campo de golfe onde Trump estava. Ryan Wesley Routh, o autor do atentado, havia se escondido no local e posteriormente foi preso, de acordo com novos documentos apresentados por promotores federais. Ele deixou uma carta confessando sua tentativa de assassinato e prometendo uma recompensa de US$ 150 mil a quem conseguisse completar o plano.

Detalhes da investigação

Uma testemunha revelou aos investigadores que, meses antes do incidente, Routh havia deixado uma caixa em sua casa contendo munição, materiais de construção, ferramentas, quatro celulares e diversas cartas. Após a tentativa de assassinato, a testemunha abriu a caixa e encontrou um documento onde Routh declarava: “Esta foi uma tentativa de assassinato contra Donald Trump, mas eu falhei com você. Agora cabe a você terminar o trabalho; e eu oferecerei US$ 150 mil a quem puder concluí-lo.”

A carta de Routh também continha críticas a Trump, destacando: “Trump cortou as relações com o Irã como uma criança, e agora o Oriente Médio se desfez.”

Preparação do atentado

Os promotores revelaram que Routh esteve nas proximidades da residência de Trump em Mar-a-Lago e do campo de golfe de Trump em várias ocasiões nos dias que antecederam sua prisão. Ele também fez buscas na internet sobre como viajar da Flórida para o México e carregava uma lista de datas e locais onde Trump estaria presente.

Routh foi visto pela última vez próximo a Mar-a-Lago em 15 de setembro, o dia em que foi preso. Dados de celular confirmaram que ele passou dias observando os arredores da residência e do campo de golfe de Trump, sugerindo que o suspeito esteve vigiando o local por até 12 horas antes de ser interceptado.

A prisão

Routh foi detido após a polícia identificar seu carro em uma rodovia próxima ao campo de golfe. Durante a busca em seu veículo, os agentes encontraram seis celulares, um passaporte, uma carteira de motorista do Havaí e 12 pares de luvas. Um dos celulares continha uma pesquisa sobre como viajar do Condado de Palm Beach, na Flórida, para o México.

Segundo os promotores, Routh teria fugido do Trump International Golf Course no dia 15 de setembro, após ser visto por um agente do Serviço Secreto que avistou o rifle saindo da vegetação próxima a Trump e atirou em sua direção.

Histórico e motivações

Routh, de 58 anos, possui um histórico de tentativas frustradas de se juntar à luta contra a Rússia na Ucrânia. Ele também esteve no Havaí, onde trabalhou na construção civil. Em suas postagens online, o suspeito expressou desilusão com Trump, afirmando ter votado nele em 2016, mas que o ex-presidente havia se tornado uma decepção. Em um livro que autopublicou, Routh chegou a incentivar o Irã a assassinar Trump, dizendo: “Vocês são livres para assassinar Trump.”

Consequências legais

Inicialmente, Routh foi acusado de dois crimes relacionados a armas de fogo, mas os promotores indicam que acusações mais graves poderão ser apresentadas conforme a investigação avança. Ele deve comparecer ao tribunal nesta segunda-feira (23/09) para uma audiência de detenção, onde será decidido se permanecerá preso enquanto aguarda julgamento. 

Título e Texto: Allan dos Santos, Revista Exílio – Terça Livre, 23-9-2024 

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