terça-feira, 17 de setembro de 2024

Moradores da Rua Benjamin Constant, na Glória, reclamam de Carnaval fora de época

Depósito de bebidas que fica no nº 116 se transformou numa casa de festas, que não se submete à legislação alguma. Inúmeras reclamações foram feitas à Subprefeitura, sem sucesso

Patricia Lima


É impossível dormir na Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro. É início da madrugada desta terça-feira (17), e a arruaça corre solta no local, promovida por um depósito de bebidas, que fica no número 116, mas parece ocupar toda a extensão da rua dado o barulho que faz. O depósito, segundo os moradores, virou uma casa de festas, sem nenhum pudor em desrespeitar a legislação vigente.

Um vídeo postado na internet mostra mesas e cadeiras montadas na calçada e na pista, com várias pessoas bebendo e cantando acompanhadas por um som altíssimo, que simplesmente não deixa ninguém sossegado.

Moradores da rua entraram em contato com a redação do DIÁRIO DO RIO desesperados, pois não conseguem pregar os olhos dada a balbúrdia que tomou conta do local. E não é de hoje, Faz tempo que as pessoas fazem reclamações à Subprefeitura sobre o escarcéu causado pelos frequentadores do depósito de bebidas.

No local, também são montadas rodas de samba que invadem a calçada, impedindo a passagem de pedestres, inclusive idosos e carrinhos com crianças. Parece um verdadeiro Carnaval fora de época, mas é apenas um esquenta que tem hora para começar, mas nunca para terminar.

Com a bebedeira correndo solta palavrões de todos os tipos e brigas também são corriqueiros, segundo os moradores. Muitos chegam cansados do trabalho e só querem dormir, mas em plena transição de segunda para um terça-feira, portanto, dias úteis, é uma missão impossível.

Muitas reclamações foram feitas não somente à Subprefeitura da região, mas também à Polícia Militar que faz ouvidos moucos para a algazarra já instalada na Benjamin Constant. A arruaça já é tão conhecida, que pessoas de outras ruas da Glória e de outros bairros vão beber, cantar e gritar no local.

Como se não bastasse o inferno sonoro e toda sorte de transtornos impostos aos moradores da rua, há frequentadores do depósito de bebidas que não têm o menor pudor em fazer as suas necessidades fisiológicas na rua, entre os carros e nas paredes. Enfim, um horror que deixa o ambiente fétido e intransitável.

Apesar de toda desordem pública, desrespeito e inúmeras reclamações à vários órgãos públicos, trabalhadores, estudantes, pessoas idosas e doentes, simplesmente se veem abandonados, completamente desprotegidos e sem ter a quem recorrer.

Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 17-9-2024 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-