Foto: Divulgação/Chega! |
Mafalda Ganhão
Arranca uma nova semana, com
seguramente muito para escrever sobre o Orçamento de Estado e sobre o evoluir
das guerras - temas que continuam a marcar a atualidade - mas ao início da
manhã sobram ainda os ecos das manifestações que aconteceram este domingo em
Lisboa e das declarações políticas do fim de semana.
Um novo protesto, os slogans
do costume. Em Lisboa, neste domingo, desfilaram centenas na manifestação
contra a imigração, organizada pelo Chega. Contra a “imigração descontrolada”,
precisou a organização, tendo voltado às ruas frases como “Volta para a tua
terra!” e “Nem mais um imigrante ilegal”. Mas na Alameda D. Afonso Henriques, como o Expresso conta na reportagem publicada, couberam todo o tipo de queixas,
mesmo as que pareciam errar o alvo: o estado da economia, o peso dos impostos,
a falta de condições dos lares e o mau funcionamento dos hospitais…
Entre os participantes,
algumas diferenças: muitos com a preocupação assumida de se demarcarem do
rótulo de racistas, outros sem qualquer reserva de assumir posições mais
extremas e gritar “Remigração é solução”, o termo que defende o reenvio de
todos os imigrantes que não sejam etnicamente europeus, e mesmo os seus
descendentes nascidos na União Europeia.
Na tarde de ontem, houve momentos de tensão, com duas pessoas a serem detidas, e houve discurso do líder do Chega. Para André Ventura, este foi o “tiro de partida” para um movimento de “reconquista da identidade nacional”.
Foto: Nuno Fox |
À mesma hora, também em Lisboa
e com cerca de 200 participantes, acontecia a manifestação promovida pelo
movimento Não Passarão, em defesa da imigração. Um forte dispositivo policial
garantiu que as duas manifestações não se cruzassem. e não houve registo de
incidentes entre manifestantes.
Título e Texto: Mafalda
Ganhão, Expresso Curto, 30-9-2024
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