domingo, 9 de março de 2025

[As danações de Carina] Poesia numa hora dessas?!

Carina Bratt

Inútil procura

BUSQUEI 
em desespero
o seu rosto.
Procurei
dentro de mim
e também no âmago
da minha alma;
e nada; nada achei...

Que desgosto!
Enorme confusão
se apossou por fim
e apesar de meu coração
pedir calma,
tudo ao redor
se fez solidão:
e eu me desesperei...

Ainda agora,
tantos anos depois
você continua
sumido,
perdido, sem vida...
e para minha total
desilusão, seguem duas perguntas
sem respostas: quem sou eu? Não sei!

Perplexidade

ÉRAMOS PARA ser a felicidade.
Viver as alegrias
em total amor,
calor, paixão
e cumplicidade...

Ai, do nada, você sumiu;
Ninguém mais lhe viu.
Virei de cabeça para baixo,
todos os recantos
da cidade!

Então, anos depois,
sem querer, um belo dia,
Para minha alegria,
você me devolveu
a esperança...

Fiquei contente.
Porém, em seus braços
Uma inocente
criança lhe prendia
em fortes amassos...

logo atrás,
uma formosa guria
que de pronto, reconheci:
era a Chica beiçuda
a prostituta do sítio da sua finada tia.

Título e Texto: Carina Bratt, de Ribeirão das Neves, Minas Gerais, 9-3-2025

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Nossa velha multidão reinventada – Parte 2 (Final) 
Nossa velha multidão reinventada – Parte 1 
Dois esquisitões em busca do mesmo fim 

Um comentário:

  1. Boa tarde Carina
    No primeiro texto inútil procura, final dele você menciona seguem duas perguntas sem respostas, 1)quem sou eu? legal. E a segunda, se eu fosse você perguntaria, e eu lá sei? Uma sugestão,
    desculpe a intromissão, Do jeito que você publicou, você não esta perguntando, está afirmando não sei.
    obrigada kamilla Santos ------- kamilaclaudio.s@gmail.com

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