Prestem atenção: Erenice, Eudacy, Euriza e Euricélio. Há um erro na grafia do nome da ministra, certo?

Reinaldo Azevedo

A família de Erenice Guerra é mesmo vocacionada para o serviço público. Desde 2005, informou a Folha Online, já foram quatro os parentes nomeados em cargos comissionados, aqueles que não precisam de concurso, sabem? Entre os contratados, vejam que mimo!, estava Israel Guerra — sim, o filho da ministra, o dono da empresa Capital, aquele do lobby.

Denise Abreu,
foto: Ailton de Freitas/O Globo

E onde foi que o rapaz trabalhou? Na Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, entre 2006 e 2007. E onde foi que a sua “empresa de assessoria” atuou para apressar a renovação da concessão a uma empresa? Se você respondeu “na Anac”, leitor, não vá pensando que você está virando adivinho. Não ainda… É que eles são quem são. Ah, sim: antes, o rapaz estava lotado (ou lotando)  no Ministério da Defesa.

O que me fascina é o fato de que todos eles se tornam “especialistas” da noite para o dia. A Anac é justamente o órgão onde, segundo Denise Abreu, Dilma e Erenice atuaram fortemente para “legalizar” a venda da Varig. Quando deixou a Anac, Israel virou assessor do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO). Quem é esse mesmo? Ah, é aquele da tropa de choque de Renan Calheiros… Deus do céu!

Eudacy, Euriza e Euricélio
Huuummm… Antonio Eudacy Alves Carvalho, irmão de Erenice, já foi funcionário da Controladoria Geral da União e da Infraero (eles gostam da área de aviação). Ele trabalhava até havia pouco no escritório de advocacia em que o sobrinho, Israel, se reunia com seus “clientes”. Eudacy foi contratado (manchete de hoje do Estadão) para atuar como advogado do Ministério das Minas e Energia. Quem deu parecer favorável foi Maria Euriza, outra irmã, que é consultora jurídica. Já o José Euricélio foi um patriota no Ministério das Cidades.

Dado o conjunto, conlui o quê? Há um erro na grafia do nome de Erenice. Por uma questão de coerência, o certo é “Eurenice”.