quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

54º capítulo (daquela Série): Moscou

Primeiro capítulo: Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos 
Capítulo anterior: 53º capítulo (daquela Série): ACVAR [1]

No capítulo anterior escrevi sobre uma ida a Moscou, numa delegação da Comissão Organizadora do 1º COMCOV – Congresso Mundial de Comissárias e Comissários de Voo.
Foi em fevereiro de 1976. Naquela época a “guerra fria” estava a todo o vapor. Os vistos concedidos pela Embaixada da URSS, diferentemente de outros “vistos”, carimbados ou colados no passaporte, eram um pequenino folder à parte do passaporte. Tem uma explicação bem simples: esses vistos não comprometiam o cidadão que viajava para a União Soviética. Isto é, por exemplo, um brasileiro pegava um voo para Paris e de lá para Moscou. No regresso ao Brasil, nada informava do verdadeiro destino daquele cidadão, percebeu? 
Nós fomos pela Air France (embora a Varig também voasse para Paris, penso que foi por causa da conexão imediata para Moscou que seguimos pela Air France – passagens concedidas pela nossa empregadora). 
De Paris para Moscou fomos via Aeroflot. Comissários de Voo que éramos comentamos o serviço de bordo da Aeroflot: uma pobreza, frango com arroz.

Claro, fomos recebidos no aeroporto de Sheremetyevo por uma “delegação” oficial que nos levou a um grande, enorme mesmo, Hotel  Rossya, um quarteirão inteiro, 3.200 quartos. Foi demolido em 2006.



Em Moscou vi neve como nunca tinha visto, sabe aquele metro de neve acumulado nas ruas? Nada de fachadas publicitárias (a não ser, é claro, as imensas retratando Lenine, Estaline e outros menos votados), naquele fevereiro o dirigente máximo era Leonid Brejnev. 
Não sei se havia lojas, via grandes janelas embaçadas.
Na primeira noite descemos para jantar, acredito que NUM dos restaurantes do Hotel. Quando nos trouxeram a conta o garçom nos perguntou em que moeda iríamos pagar… quando colocamos os dólares na bandeja o garçom cobriu imediatamente com um guardanapo. (Viver no ou sob o comunismo é uma felicidade só!).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-