Francisco Vianna
O caudilho socialista Hugo
Chávez está com “insuficiência respiratória” devido a uma “severa pneumonia
pós-operatória”, segundo o seu ministro da “informação”, Ernesto Villegas, que
não disse se ele tem metástases pulmonares ou não.
O Presidente da Assembleia
Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, deverá assumir temporariamente a
presidência do país até a realização de novas eleições, nas quais o atual
vice-presidente, Nicolás Maduro, deverá ser o candidato do comunismo chavezista
caso o mandatário reeleito não esteja vivo ou em condições de exercer a
presidência, de acordo com o plano concebido em Havana com uma ampla
participação do PCB de Havana, segundo fontes próximas ao governo. Tal plano,
cujos detalhes teriam sido ultimados esta semana em Cuba, esboça a ordenação
interna dentro do ‘politburo’ chavezista diante da expectativa de que Chávez
não esteja em condições de saúde para assumir o novo mandato para o qual foi
eleito em função do adiantado estado do câncer que padece.
Uma das fontes consultadas
informou que os preparativos da transição começaram há meses conforme planejado
pelo próprio Chávez — cujo estado de saúde é desconhecido pela imensa maioria
dos venezuelanos — e que agora apenas determinará a sucessão dos fatos finais
do drama chavezista. Outra fonte, que teve acesso à informação diretamente das
reuniões em Cuba, explicou que a ditadura de Raúl Castro exerce uma grande
influência sobre as decisões que estão sendo tomadas pelo governo venezuelano
neste momento. Essas fontes só puderam ser ouvidas sob a condição de anonimato.
“Os agentes cubanos trabalham nos bastidores
para tentar criar uma espécie de politburo comunista, um conselho que haja em
consenso com Havana e garanta a estabilidade do regime chavezista na Venezuela
pela união de potenciais herdeiros rivais”, como comentou a fonte junto à
ditadura castrista de Cuba. Segundo essa fonte, “os cubanos querem que Nicolás
Maduro assuma (temporariamente) a presidência, e que encabece esse conselho,
servindo de mediador entre as diferentes facções e personalidades do
chavezismo”, mesmo que a Constituição determine que seja o Presidente da
Assembleia Nacional quem deve ser empossado para esse mandato tampão até a
realização de novas eleições presidenciais.
Todavia, os planejadores da
transição consideram inconveniente que Maduro chegue de imediato ao Palácio
Miraflores, pelo fato de que a Constituição venezuelana estabelece que seja o
presidente da Assembleia Nacional quem deve assumir as rédeas do executivo para
um curtíssimo mandato tampão, caso contrário temem por uma deterioração de
legitimidade do chavezismo. Assim, ao que parece, Cabello deverá assumir tal
mandato ao passo que Maduro seria o candidato chavezista das próximas eleições.
No entanto, essa estratégia
causa preocupação ao politiburo cubano pelo fato de que Cabello tem acumulado
muito poder nos últimos anos e representa, pois, um setor bem mais nacionalista
dentro do chavezismo com escassos vínculos com a ditadura cubana. Não obstante,
os planejadores da situação consideram que Cabello, neste momento, é indispensável
à sustentabilidade do regime chavezista numa era pós- Chávez, em função da
grande influência que tem entre os militares venezuelanos.
A oposição diz que “caso o
pilar fundamental do regime já não possa mais agir, a situação precisará fazer
uma espécie de ‘pacto de governabilidade’. Se eles tiverem que comprar vontades
dentro da oposição, eles o farão”. Essa necessidade de pactuar com a oposição
se manifesta em meio às dificuldades econômicas previstas que o país enfrentará
esse ano.
Há, todavia, uma forte
impressão de que a Constituição será posta de lado e que o vice Maduro assumirá
a presidência com o adiamento indefinido da ‘posse de Chávez’, o que seria a
versão de um “golpe inconstitucional”. Como a situação econômica da Venezuela é
crítica, principalmente com relação às vultosas dívidas com Rússia e China,
muitos analistas estão achando que o “golpe” é a medida mais provável de ser
tomada, mesmo que isso aumente o risco de uma revolta armada no país.
É impressionante como um
punhado de políticos ‘socialistas’ conseguiu, em uma década, transformar um
país promissor como a Venezuela numa nação extremamente empobrecida e miserável
onde a quase totalidade dos que tinham algum capital no país já saiu de lá de
mala e cuia. A Venezuela conseguiu empobrecer o suficiente para se transformar
num “paraíso” de miséria e pobreza socialista tal como Cuba, o que deixa claro
que não é qualquer “bloqueio” americano que estabelece tais padrões, tanto na
Venezuela quanto na ilha cárcere dos Castros.
Afinal, em casa que não tem
pão, todo muito grita e ninguém tem razão. E, afinal, o povo não come petróleo…
Título, Imagens e Texto: Francisco Vianna, (com base na mídia internacional), 07-01-2013
Título, Imagens e Texto: Francisco Vianna, (com base na mídia internacional), 07-01-2013
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