quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Consenso Nem Sempre é Bom Senso


José Carlos Bolognese
A repórter pergunta a um morador de uma área castigada pela criminalidade:
- Então, diminuíram os assaltos com as novas providências do polícia?
Responde o entrevistado:
- Não, mas a sensação de segurança aumentou bastante.

Em mais de sete anos de calote em nossas aposentadorias, estamos mais do que autorizados a receber com reservas qualquer sinal de que finalmente vamos sair desse pântano de iniquidades e deixarmos de cumprir pena sem sermos criminosos. Mais um anúncio é só mais um anúncio.

“O senador Paulo Paim (PT-RS) relatou nesta terça-feira (13) o resultado de uma reunião que ocorreu à tarde entre aposentados e pensionistas do fundo Aerus e a ministra-chefe da Casa Civil, senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Segundo o senador, a ministra pediu um esforço para um acordo.

- A ministra disse que a orientação da presidente Dilma era de que todos trabalhassem para um acordo, que todos cedessem um pouco, mas que houvesse um entendimento.”

É importante ser grato aos parlamentares que batalham pela nossa causa e é preciso ter fé na solução do problema, afinal, somos nós os castigados por termos trabalhado e pago com sacrifício para ter uma vida decente na velhice. Essa vida não decente a que fomos submetidos acarretou perdas reparáveis em parte - fato inerente à nossa condição de ainda viventes.

O que temos direito é a nossa volta à normalidade como aposentados e pensionistas, recebendo nossos valores mensais – e os valores não pagos todos esses anos devidamente corrigidos. E os demitidos da mesma forma, tendo suas situações resolvidas e seus direitos respeitados.
Considerando o tempo decorrido, as perdas de vidas e todas as outras perdas irrecuperáveis, inclusive de saúde, não é decente da parte de ninguém vir pedir mais.

Nunca é demais lembrar que o nosso primeiro acordo foi a nossa adesão ao plano de complementação de aposentadoria do Aerus, totalmente amparado na lei e descumprido à nossa revelia. Um único dia suportado sem os recursos dessa aposentadoria paga com nosso trabalho já é uma perda definitiva... porque ninguém tem o direito de roubar um segundo sequer da vida alheia.

Mas aqui estamos tratando de mais de sete anos de calote e nos interessam fatos concretos – pagamento no banco, saldo positivo na conta. A nossa “sensação de segurança” vindo de SEGURANÇA real.
Portanto neste outro acordo - que é de reparação – a parte que nos cabe ceder vem sendo cedida desde 12 de abril de 2006, desautorizando a construção de um “consenso” que violenta o Bom Senso.
Título e Texto: José Carlos Bolognese, Aeronauta aposentado que tem Bom Senso na vida e dissenso com as contas a pagar, 15-8-2013

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