José Carlos Bolognese
A repórter pergunta a um
morador de uma área castigada pela criminalidade:
- Então, diminuíram os
assaltos com as novas providências do polícia?
Responde o entrevistado:
- Não, mas a sensação de
segurança aumentou bastante.
Em mais de sete anos de calote
em nossas aposentadorias, estamos mais do que autorizados a receber com
reservas qualquer sinal de que finalmente vamos sair desse pântano de
iniquidades e deixarmos de cumprir pena sem sermos criminosos. Mais um anúncio
é só mais um anúncio.
“O senador Paulo Paim
(PT-RS) relatou nesta terça-feira (13) o resultado de uma reunião que ocorreu à
tarde entre aposentados e pensionistas do fundo Aerus e a ministra-chefe da
Casa Civil, senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Segundo o senador, a
ministra pediu um esforço para um acordo.
- A ministra disse
que a orientação da presidente Dilma era de que todos trabalhassem para um
acordo, que todos cedessem um pouco, mas que houvesse um entendimento.”
É importante ser grato aos
parlamentares que batalham pela nossa causa e é preciso ter fé na solução do
problema, afinal, somos nós os castigados por termos trabalhado e pago com
sacrifício para ter uma vida decente na velhice. Essa vida não decente a
que fomos submetidos acarretou perdas reparáveis em parte - fato inerente à
nossa condição de ainda viventes.
O que temos direito é a nossa
volta à normalidade como aposentados e pensionistas, recebendo nossos valores
mensais – e os valores não pagos todos esses anos devidamente corrigidos. E os
demitidos da mesma forma, tendo suas situações resolvidas e seus direitos
respeitados.
Considerando o tempo
decorrido, as perdas de vidas e todas as outras perdas irrecuperáveis,
inclusive de saúde, não é decente da parte de ninguém vir pedir mais.
Nunca é demais lembrar que o
nosso primeiro acordo foi a nossa adesão ao plano de complementação de
aposentadoria do Aerus, totalmente amparado na lei e descumprido à nossa
revelia. Um único dia suportado sem os recursos dessa aposentadoria paga com
nosso trabalho já é uma perda definitiva... porque ninguém tem o direito de
roubar um segundo sequer da vida alheia.
Mas aqui estamos tratando de
mais de sete anos de calote e nos interessam fatos concretos – pagamento no
banco, saldo positivo na conta. A nossa “sensação de segurança” vindo de
SEGURANÇA real.
Portanto neste outro acordo -
que é de reparação – a parte que nos cabe ceder vem sendo cedida desde 12 de
abril de 2006, desautorizando a construção de um “consenso” que violenta o Bom
Senso.
Título e Texto: José Carlos
Bolognese, Aeronauta aposentado que tem Bom Senso na vida e dissenso com as
contas a pagar, 15-8-2013
Relacionados:
Hi Jim, Hi Dayse,
ResponderExcluirperfeito. E o Bolognese, como sempre, magnifico.
Abs,
Marcio.