Tempo determinado para a
realização de algo
José Manuel
Então, a partir da frase aí de cima, chegamos a um consenso de que todos os acordos, todas as transações, todas as intenções em se resolver algo, estão intrinsecamente ligadas a datas ou, mais precisamente, PRAZOS.
Então, a partir da frase aí de cima, chegamos a um consenso de que todos os acordos, todas as transações, todas as intenções em se resolver algo, estão intrinsecamente ligadas a datas ou, mais precisamente, PRAZOS.
Em nosso particular e muito
conhecido caso, nós do Aerus estamos agora nas mãos do governo,
que afirma que irá resolver de uma vez por todas, o inferno em que nos meteu há
sete longos anos.
Voto de confiança? Claro!
Mas, agora mais do que nunca,
estamos atentos e queremos prazos, datas, até porque nossos estômagos não
aguentam mais ficar vazios. Sete anos já foram demais. Chega!
Já que vão realizar, Já que
vão fazer, Já que vão pagar, por favor educadamente solicitamos que nos
informem a previsão de datas para tal.
Esta semana, de 19 a
23/08, portanto em cinco dias está agendada uma reunião do alto escalão
governamental, que decidirá o que fazer com relação aos débitos governamentais
com o Aerus e com todas as categorias de credores.
Em valores aproximados, e nós
os sabemos e não vamos escrever para não confundir, a conta é estratosférica
quando juntamos tudo, tarifária, civil e 3ª fonte. O tamanho da encrenca em que
o governo se meteu, é enorme e esperamos que saibam sair dela com a
responsabilidade que lhes cabe.
A conta está grande? Não é
problema nosso.
Cumprimos tudo o que nos foi
oferecido com o aval do governo. Não devemos nada!
A União foi avisada ao longo
destes sete anos, através das ações judiciais, de que a conta iria ficar
grande. Era o óbvio.
Acordo? Claro, depende do que
nos queiram oferecer e estamos mais do que prontos a concordar com algo
decente, plausível ou rejeitar qualquer tipo de migalhas.
Devemos sempre aquiescer, mas
jamais esquecer de que temos processos em andamento e que os mesmos se
encontram em fase final e com prognósticos bastante favoráveis a nós os
autores.
Ora, se a União
exatamente neste ponto em que estamos para ter decisões jurídicas, nos oferece
um acordo, é porque sabe que terá que arcar com a totalidade das decisões.
Então, se for o caso que
alegam, em querer terminar de uma vez por todas com este"imbróglio"
em que se meteram, nós também gostaríamos que este pesadelo termine o mais
rápido possível,mas dentro de uma responsabilidade civil e honestidade de
propósitos.
Porém, para tudo o que for
discutido e oferecido, há que haver datas, há que haver transparência, há que
haver prazos.
Não mais aceitaremos,
discussões em vão, acenos de boa vontade, falta de datas ou prazos para serem realizáveis.
Queremos que o grupo de estudo reunido pelo governo, realmente estude e seja
eficazmente rápido em suas decisões, pois está lidando com seres humanos e
acima de tudo pessoas idosas que não aguentam mais esperar.
Focos perigosos de incêndio
têm sido apagados e contidos por alas mais conservadoras deste grupo
agonizante.
A demora do judiciário, o
que elevou a conta a este patamar sem necessidade, pois já éramos
idosos há sete anos atrás e protegidos por um estatuto em que a própria União
se compromete a respeitar e priorizar juridicamente, foi altamente perniciosa,
com a perda de centenas de vidas, e perda de dignidade aos que conseguiram
sobreviver a este caos.
Não existirá em nossas vidas
um 8º Natal sem dignidade.
Estamos caminhando para setembro,
faltam quatro meses para o ano acabar e estamos com todas as sensações
afloradas.Não fazemos a menor ideia até que ponto conseguiremos aguentar.
Antes era apenas uma frente, o
judiciário.
Agora são duas, o judiciário e
o governo.
Nossas sensações também
estão duplicadas, e as perdas na família e nos bens materiais ao longo destes
sete anos, nos fazem acreditar de que não temos mais nada a perder.
Acreditamos também que o
governo não promoverá um enfrentamento desta magnitude e o que é pior,
com pessoas idosas.
Acreditamos, com a nossa
experiência, que prazos, sejam estabelecidos, promessas e metas
sejam fielmente cumpridas.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 67
anos
Perfeito o texto do José Manuel! Os prazos são necessários para que possamos acompanhar o processo!
ResponderExcluirchega de sofrimento, abraço Bianca Innocencio
Muito bem colocado esse manifesto. Se demorar mais, as consequências serão imprevisiveis!
ResponderExcluirAlberto Cavalcanti
Caro Jose Manuel, bem colocado seu texto, pois não podemos esperar muito tempo pois o tempo passa muito rápido já basta os sete longos anos de agonia e não dá para esperar muito tempo tem que ser o mais rápido possível, o pessoal que está na frente das negociações tem que ter em mente que não dá mais para esperar. tem que ser pra ontem.
ResponderExcluirPaulo Sóstenes