quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Prazo

Tempo determinado para a realização de algo
José Manuel

Então, a partir da frase aí de cima, chegamos a um consenso de que todos os acordos, todas as transações, todas as intenções em se resolver algo, estão intrinsecamente ligadas a datas ou, mais precisamente, PRAZOS.
Em nosso particular e muito conhecido caso, nós do Aerus estamos agora nas mãos do governo, que afirma que irá resolver de uma vez por todas, o inferno em que nos meteu há sete longos anos.
Voto de confiança? Claro!
Mas, agora mais do que nunca, estamos atentos e queremos prazos, datas, até porque nossos estômagos não aguentam mais ficar vazios. Sete anos já foram demais. Chega!

Já que vão realizar, Já que vão fazer, Já que vão pagar, por favor educadamente solicitamos que nos informem a previsão de datas para tal.
Esta semana, de  19 a 23/08, portanto em cinco dias está agendada uma reunião do alto escalão governamental, que decidirá o que fazer com relação aos débitos governamentais com o Aerus e com todas as categorias de credores.
Em valores aproximados, e nós os sabemos e não vamos escrever para não confundir, a conta é estratosférica quando juntamos tudo, tarifária, civil e 3ª fonte. O tamanho da encrenca em que o governo se meteu, é enorme e esperamos que saibam sair dela com  a responsabilidade que  lhes cabe.
A conta está grande? Não é problema nosso.
Cumprimos tudo o que nos foi oferecido com o aval do governo. Não devemos nada!
A União foi avisada ao longo destes sete anos, através das ações judiciais, de que a conta iria ficar grande. Era o óbvio.

Acordo? Claro, depende do que nos queiram oferecer e estamos mais do que prontos a concordar  com algo decente, plausível ou rejeitar qualquer tipo de migalhas.
Devemos sempre aquiescer, mas jamais esquecer de que temos processos em andamento e que os mesmos se encontram em fase final e com prognósticos bastante favoráveis a nós os autores.
Ora, se  a União exatamente neste ponto em que estamos para ter decisões jurídicas, nos oferece um acordo, é porque sabe que terá que arcar com a totalidade das decisões.
Então, se for o caso que alegam, em querer terminar de uma vez por todas com este"imbróglio" em que se meteram, nós também gostaríamos que este pesadelo termine o mais rápido possível,mas dentro de uma responsabilidade civil e honestidade de propósitos.

Porém, para tudo o que for discutido e oferecido, há que haver datas, há que haver transparência, há que haver prazos.
Não mais aceitaremos, discussões em vão, acenos de boa vontade, falta de datas ou prazos para serem realizáveis. Queremos que o grupo de estudo reunido pelo governo, realmente estude e seja eficazmente rápido em suas decisões, pois está lidando com seres humanos e acima de tudo pessoas idosas que não aguentam mais esperar.
Focos perigosos de incêndio têm sido apagados e contidos por alas mais conservadoras deste grupo agonizante.

A demora do judiciário, o que elevou a conta a este patamar sem necessidade, pois já éramos idosos há sete anos atrás e protegidos por um estatuto em que a própria União se compromete a respeitar e priorizar juridicamente, foi altamente perniciosa, com a perda de centenas de vidas, e perda de dignidade aos que conseguiram sobreviver a este caos.
Não existirá em nossas vidas um 8º Natal sem dignidade.
Estamos caminhando para setembro, faltam quatro meses para o ano acabar e estamos com todas as sensações afloradas.Não fazemos a menor ideia até que ponto conseguiremos aguentar.

Antes era apenas uma frente, o judiciário.
Agora são duas, o judiciário e o governo.
Nossas sensações  também estão duplicadas, e as perdas na família e nos bens materiais ao longo destes sete anos, nos fazem acreditar de que não temos mais nada a perder.
Acreditamos também que o governo não promoverá um enfrentamento desta magnitude e  o que é pior, com pessoas idosas.
Acreditamos, com a nossa experiência, que prazos, sejam estabelecidos, promessas e metas sejam fielmente cumpridas.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 67 anos

3 comentários:

  1. Perfeito o texto do José Manuel! Os prazos são necessários para que possamos acompanhar o processo!
    chega de sofrimento, abraço Bianca Innocencio

    ResponderExcluir
  2. Muito bem colocado esse manifesto. Se demorar mais, as consequências serão imprevisiveis!
    Alberto Cavalcanti

    ResponderExcluir
  3. Caro Jose Manuel, bem colocado seu texto, pois não podemos esperar muito tempo pois o tempo passa muito rápido já basta os sete longos anos de agonia e não dá para esperar muito tempo tem que ser o mais rápido possível, o pessoal que está na frente das negociações tem que ter em mente que não dá mais para esperar. tem que ser pra ontem.
    Paulo Sóstenes

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-