segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

“Número de desempregados recuou mais de 20 mil em 2013”. Sim, leu certo, generoso leitor.

Pois é, leu o post aqui embaixo ”Estou farto deste jornalismo de merda (2)”, né? Leu a manchete da jornalista do PúblicoNovas inscrições nos centros de emprego voltam a aumentar”. Agora, por favor, leia duas matérias do “Jornal de Negócios”.

Actividade económica acelera para máximo de quase três anos
Jornal de Negócios  

Os indicadores de actividade económica e de clima económico continuaram a recuperar na recta final de 2013. Estão ambos em máximos do início de 2011, antes do pedido de resgate à troika. Indústria é o sector com melhor evolução relativa.
O indicador de actividade económica acelerou em Novembro de 1,3% para 1,6% fixando-se no valor mais alto desde Fevereiro de 2011, antes do pedido de resgate, que aconteceu em Abril desse ano. Há quatro meses consecutivos – ou seja, desde Agosto - que o indicador de actividade económica regista variações positivas e crescentes.

De acordo com a síntese económica de conjuntura de Dezembro, divulgada nesta segunda-feira, 20 de Janeiro, a indústria foi o sector cujo indicador de produção (2,5%) e de volume de negócios (1,6%) registou uma variação mais significativa em Novembro.

Já a actividade económica nos serviços (-1,7%, após -2,2%) e na construção e obras públicas (-14,8%, após 15,8%) prosseguiram em terreno negativo, mas em ambos os casos foram registadas variações menos negativas.

Escreve o INE que o indicador quantitativo do consumo privado voltou também a recuperar em Novembro, reflectindo o “contributo positivo mais expressivo de ambas as componentes, consumo corrente e consumo duradouro, sobretudo do primeiro caso”.

O indicador de investimento diminuiu de forma menos acentuada, em resultado do contributo negativo menos significativo das componentes de construção e de máquinas e equipamentos e do contributo positivo, ligeiramente mais expressivo, da componente de material de transporte.

Por seu turno, o indicador de clima económico, de natureza qualitativa, “prolongou em Dezembro o perfil ascendente, atingindo o valor mais elevado desde Janeiro de 2011, depois de ter  registado o mínimo  há um ano, em Janeiro aneiro de 2013.

Após dez trimestres consecutivos em contracção, a economia portuguesa cresceu pela primeira vez no segundo trimestre de 2013, ao registar uma variação positiva em cadeia (face ao trimestre anterior) de 1,1%, tendo depois voltado a crescer 0,2% no terceiro trimestre. Em termos homólogos a economia portuguesa continua, porém, em contracção, embora menos acentuada. Estes dados do INE sugerem que o PIB no quarto trimestre terá voltado a acelerar. As mais recentes previsões do Governo e da troika apontam para que, no conjunto do ano de 2013, a economia tenha contraído 1,8%.
Título e Texto: Jornal de Negócios, 20 Janeiro 2014, 11h42

Número de desempregados recuou mais de 20 mil em 2013
Nuno Carregueiro 


Em Dezembro estavam registados 690.535 desempregados nos centros de emprego, uma redução de 2,8% face ao mesmo mês de 2012. Entre os jovens e os licenciados, o desemprego continua a aumentar.
Entre Dezembro de 2012 e Dezembro do ano passado o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal baixou em 2,8%, o que traduz um decréscimo de 20.117.

De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego registado atingia 690.535 pessoas no mês passado, abaixo dos 710.652 de Dezembro do ano anterior.

Contra Novembro de 2013 a descida no número de inscritos nos centros de emprego foi de 0,2%, ou 1.484 pessoas.

Nos últimos meses já se tinha verificado uma queda no desemprego registado, em termos homólogos e mensais, mas a queda homóloga de Dezembro é mais acentuada do que a verificada nos últimos meses.

Apesar da queda do desemprego registado total, continua a verificar-se um aumento no desemprego jovem. Em Dezembro eram 93.427 os inscritos nos centros de emprego com menos de 25 anos, um aumento de1,7% face ao mesmo mês de 2012. Em termos mensais observou-se uma queda de 4,2%.

O número de pessoas inscritas no IEFP à procura do primeiro emprego aumentou 21% para 70.693. “Tendo em conta, os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 12% face a Dezembro de 2012, ao contrário dos desempregados de longa duração (tempo de inscrição igual ou superior a um ano) onde é observado um acréscimo de 10,3%”, refere o IEFP.

No que respeita ao nível de instrução, o desemprego registado só aumento nos extremos, ou seja, para os detentores de habilitações superiores e nos indivíduos sem nenhum nível de instrução. Em Dezembro eram 93.409 os licenciados inscritos no IEFP, mais 5,3% do que no período homólogo.

Na análise regional, o desemprego diminui na generalidade das regiões em termos homólogos, com excepção da Região Autónoma dos Açores, onde o aumento foi superior a 15%.
Título e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 20 Janeiro 2014, 14h16

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