1. Em reunião de simulação de
situações em Brasília, os analistas chegaram à conclusão que a Copa em si não
será problema. Em torno dos estádios se colocam cinturões de isolamento com
duas circunferências concêntricas.
2. Os assistentes mostrariam
seus ingressos em cada uma delas e finalmente no estádio. Mobilizações
eventuais ficariam na parte externa à primeira circunferência. Um pouco de
barulho, alguma ação de separação por parte da polícia e nada mais grave.
3. E assim se iria até à
grande final no Maracanã. Bem, se o Brasil for vencendo as etapas anteriores.
Mas se não for...
4. Esse é o ponto. Se o Brasil
for desclassificado até à semifinal, os riscos de grandes manifestações serão
enormes. Nelas estariam os manifestantes de sempre somados aos torcedores
frustrados que convergiriam com os demais no sentido que tudo foi um gasto
inútil. Um sentimento muito mais intenso que em 1950.
5. A conclusão unânime é que a
paz na Copa, ou pelo menos as manifestações sob controle dependem muito mais da
seleção brasileira que dos esquemas policiais e militares. Que no caso de uma
desclassificação prematura da seleção não haverá força policial ou militar
capaz de conter as manifestações.
6. Assim, a responsabilidade
da seleção será dupla: vencer as partidas e conter as manifestações. E,
portanto, governos federal e estaduais nunca torcerão tanto pela seleção
canarinha como agora na Copa-2014.
7. E se isso - a
desclassificação - acontecer logo na segunda fase... salve-se quem puder.
Título e Texto: Cesar Maia, 21-05-2014
Título e Texto: Cesar Maia, 21-05-2014
Este lúcido vaticínio de Cesar Maia, vem de encontro ao que penso e que já tive oportunidade de me pronunciar várias vezes, desde quando vi as as lágrimas de crocodilo do ex-presidente Lula ao ser anunciado ao vivo para todas as nações, que o patrocínio da Copa de 2014 seria do Brasil. Chorou (de verdade ou de mentirinha, não sei) emocionado por ver sua ambição de poder ser concretizada, o que o tornaria o presidente que foi capaz de trazer uma Copa do Mundo para o Brasil. Até fiz um paralelo entre Lula e o presidente militar João Figueiredo, que com a responsabilidade de um verdadeiro estadista, recusou quando lhe foi também oferecido a realização do maior evento esportivo do mundo no nosso país. Foi uma cartada de grande risco de Lula: Se o Brasil vencer a Copa, Lula será perdoado e esquecido por todos pelos pecados cometidos. Ao contrário, se o Brasil pisar na bola, sendo alijado da disputa, a frustração do povo brasileiro, principalmente pelos gastos extravagantes quando precisávamos praticamente de tudo o que é necessário para uma qualidade de vida no mínimo satisfatória, será difícil controlar a revolta populacional. Lula, terá dado um tiro no próprio pé !! Aguardemos...
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