quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que preocupa - para valer - na Copa

Cesar Maia      
1. Em reunião de simulação de situações em Brasília, os analistas chegaram à conclusão que a Copa em si não será problema. Em torno dos estádios se colocam cinturões de isolamento com duas circunferências concêntricas.
       
2. Os assistentes mostrariam seus ingressos em cada uma delas e finalmente no estádio. Mobilizações eventuais ficariam na parte externa à primeira circunferência. Um pouco de barulho, alguma ação de separação por parte da polícia e nada mais grave.
        
3. E assim se iria até à grande final no Maracanã. Bem, se o Brasil for vencendo as etapas anteriores. Mas se não for...
       
4. Esse é o ponto. Se o Brasil for desclassificado até à semifinal, os riscos de grandes manifestações serão enormes. Nelas estariam os manifestantes de sempre somados aos torcedores frustrados que convergiriam com os demais no sentido que tudo foi um gasto inútil. Um sentimento muito mais intenso que em 1950.
        
5. A conclusão unânime é que a paz na Copa, ou pelo menos as manifestações sob controle dependem muito mais da seleção brasileira que dos esquemas policiais e militares. Que no caso de uma desclassificação prematura da seleção não haverá força policial ou militar capaz de conter as manifestações.
        
6. Assim, a responsabilidade da seleção será dupla: vencer as partidas e conter as manifestações. E, portanto, governos federal e estaduais nunca torcerão tanto pela seleção canarinha como agora na Copa-2014.
        
7. E se isso - a desclassificação - acontecer logo na segunda fase... salve-se quem puder.
Título e Texto: Cesar Maia, 21-05-2014

Um comentário:

  1. Este lúcido vaticínio de Cesar Maia, vem de encontro ao que penso e que já tive oportunidade de me pronunciar várias vezes, desde quando vi as as lágrimas de crocodilo do ex-presidente Lula ao ser anunciado ao vivo para todas as nações, que o patrocínio da Copa de 2014 seria do Brasil. Chorou (de verdade ou de mentirinha, não sei) emocionado por ver sua ambição de poder ser concretizada, o que o tornaria o presidente que foi capaz de trazer uma Copa do Mundo para o Brasil. Até fiz um paralelo entre Lula e o presidente militar João Figueiredo, que com a responsabilidade de um verdadeiro estadista, recusou quando lhe foi também oferecido a realização do maior evento esportivo do mundo no nosso país. Foi uma cartada de grande risco de Lula: Se o Brasil vencer a Copa, Lula será perdoado e esquecido por todos pelos pecados cometidos. Ao contrário, se o Brasil pisar na bola, sendo alijado da disputa, a frustração do povo brasileiro, principalmente pelos gastos extravagantes quando precisávamos praticamente de tudo o que é necessário para uma qualidade de vida no mínimo satisfatória, será difícil controlar a revolta populacional. Lula, terá dado um tiro no próprio pé !! Aguardemos...

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