Alberto Gonçalves
O bom
Um homem para a eternidade
Pelas conquistas académicas,
pelo gosto arquitectónico, pela visão política, pela eficácia económica, pela
sensatez financeira, pela educação filosófica, pelo amor à liberdade de
imprensa, pela sofisticada retórica, pela ética, pela moral, pela honestidade e
pelo ser humano plural e riquíssimo que sem dúvida é, o “eng.” Sócrates merecia
a condecoração presidencial, dois ou três Nobel, cinco Grammy latinos, o Pritzker
e pelo menos uma beatificação.
O mau
Os choninhas
Quando, nas escolas do meu
tempo, os mais velhos ou mais fortes humilhavam os mais novos ou mais fracos
era a vida. Agora é o bullying, tragédia para a qual os professores exigem uma
secretaria de Estado específica. E por que não um ministério? Interessa é preservar
no ensino a ilusão que os pais modernos alimentam em casa, ou seja, a de que os
petizes são imunes às agruras do mundo. Com sorte, e governantes zelosos, o
mundo nunca lhes saltará à frente.
O vilão
Novas do terceiro mundo
A dona Dilma ganhou as “presidenciais”
brasileiras, contra os 48% de ricos locais e com os votos dos 52% de pobres,
como Chico Buarque ou os peritos do PT em corrupção. No primeiro mandato, a
senhora aumentou a dívida pública em 31% e a inflação em 14%.
O segundo mandato promete
continuar a afastar o país do Ocidente capitalista e a aproximá-lo do
progressismo igualitário, género Bolívia e Venezuela.
De facto, ninguém segura esse
Brasil. E é pena.
Título e Texto: Alberto Gonçalves, Sábado, 30 de outubro a 5 de novembro
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