domingo, 25 de janeiro de 2015

Davos: Levy afirma que o Brasil "decidiu mudar"

José Manuel
Eu não sou economista, tampouco representante de um país em foro internacional, mas jamais me atreveria a dizer algo semelhante. Isso é porque eu tenho mancômetro e acima de tudo não quero passar vergonha em ser responsabilizado por afirmações levianas.

"Decidiu Mudar"?! Desculpe senhor Levy, mas nada muda, nem as pessoas nem um organismo social, como um país, por exemplo.

Países não mudam, apenas e no máximo se recusam a continuar blefando com os contribuintes, com a sociedade, como o faz neste momento o Brasil varonil.
Parece que o senhor desconhece um ditado antigo que diz  "pau que nasce torto, morre torto".
Pois é, esse monte de bobagens que assola o país, nasceu torto e a única saída é morrer torto, para o nosso bem, é claro, pois já foi longe demais.

A vaselina de resultados, a que o senhor tem se referido ultimamente, já é sobejamente conhecida e, mais uma vez, não vai chegar a nenhum resultado positivo para o país.

— Nós decidimos mudar. Por algum tempo, nosso crescimento foi baseado no consumo, mas estamos mudando um pouco a demanda para o lado do investimento. Para isso, nós precisamos de confiança e menos incerteza. Estamos adotando algumas medidas para garantir que a confiança na economia vai crescer 

Palavras suas, lá em Davos.
Vamos tentar traduzir essas palavras para uma linguagem de um país que não muda, um país comprometido com a seriedade.
Primeiro, não há nada de errado com o consumo, desde que o mesmo seja feito aqui dentro de nossas fronteiras, pois o consumo é o motor que impulsiona a indústria, fortalece a moeda, gera empregos e conforto em toda a extensão de seu significado a uma sociedade moderna.

Agora, permitir e mesmo autofinanciar com um câmbio artificial, eleitoreiro, o consumo no exterior, como aconteceu neste mês de dezembro de 2014 em que os brasileiros gastaram no exterior, em consumo, a fabulosa quantia de vinte e cinco bilhões de dólares, é um absurdo!
O senhor, por acaso, tem ideia do que é esse valor em Reais e o que poderia ser feito aqui dentro socialmente com empregos, consumo e impostos?

Se o senhor disser que existem mecanismos para o controle efetivo deste tipo de desvio, aí eu acredito, mas gastar o que foi gasto irresponsavelmente com uma Copa do Mundo, mais financiamento de obras no exterior, que agora com o Petrolão sabemos  a razão de tamanho desvario e depois dizer que vai mudar passando uma borracha inclusive nas consequências, aí Ministro, é forte demais.

O senhor tem ideia das empresas que estão e vão fechar ao longo de 2015? O senhor tem ideia dos empregos que vão ser perdidos neste período?
O senhor fala em investimentos, confiança na economia, como se nós estivéssemos navegando em mar de Almirante.

Como é que o senhor quer confiança, quando no mundo inteiro o petróleo desaba para os níveis mais baixos e por aqui se aumenta o preço da gasolina que já é uma das mais caras?

Como é que o senhor quer confiança, se onde há enorme carência como na saúde e na educação e são aplicados cortes inexplicáveis de verba, mas que nunca poderiam acontecer.

Investimentos, como?! Se o senhor manda aumentar os impostos do comércio e da indústria?!
Como é que se faz essa mágica?

O resultado da  economia que o governo está pretendendo com este novo pacotaço, todos já conhecem, porque isso tem  nome e herança cultural. Chama-se vaselina de resultados.

Primeiro, um retrocesso ao tempo dos descalabros anteriores ao Real.
Segundo, a insatisfação popular crescente pois lhes mostraram com uma mão um doce, uma torta de paraíso, e com a outra lhe roubaram as fatias.

Senhor Ministro, nada muda, e para que haja melhoras substanciais, apenas se retira do poder aqueles que são os responsáveis pela tragédia a que o país está sendo levado. É mais ou menos como uma faxina em nossa casa. A casa é a mesma, mas o ar fica respirável.
Título e Texto: José Manuel, apenas um cidadão, 25-1-2015

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