Rodrigo Constantino
Um terrorista palestino de 23
anos residente na Cisjordânia se infiltrou em Tel Aviv e esfaqueou vários passageiros num ônibus.
Ficaram feridas 14 pessoas, sendo 4 em estado grave. O terrorista tentou fugir,
mas foi alvejado por um tiro na perna e preso. O Hamas emitiu uma nota
celebrando o ato “heróico” do terrorista.
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| Ataque a ônibus em Tel Aviv, 21-1-2015, foto: Yehoshua Yosef/Reuters |
Estive há algumas semanas em
Israel, e o ambiente em Tel Aviv é de tranquilidade. Bem mais do que andar pelas
ruas do meu querido Rio de Janeiro. Mas de vez em quando atos isolados como
este acontecem, pois terroristas conseguem passar pelos “check points” (fui
parado em um deles, pois um colega jornalista filmava tudo e isso,
naturalmente, despertou desconfiança nos policiais).
A Europa está aprendendo como
é viver dessa forma. Uma tranquilidade aparente, efetiva até, mas que é
interrompida do nada por um maluco alienado e niilista que “pensa” que matar
inocentes é não só um método válido e legítimo para sua causa, como um desejo
divino. Israel já conhece melhor como é viver assim, e sabe que não bastam
discursos bonitos para proteger sua população.
O Hamas, que muitos na
esquerda consideram um legítimo participante da “democracia” palestina, adota o
terrorismo como meio, desvia recursos internacionais e de Israel, que deveriam
servir para construir infraestrutura em Gaza, para construir bombas caseiras e
mísseis que atormentam a vida em cidades israelenses, como Sderot, que também
visitei.
Há aqueles que acham que a paz
não chega naquela região por culpa de Israel. Não sei em que mundo vivem, mas
como ter paz enquanto a liderança palestina na Faixa de Gaza aplaude como herói
um assassino que entra num ônibus e sai esfaqueando inocentes? Com a palavra,
os que adoram odiar Israel…
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Veja,
21-1-2015
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