Ricardo Giacommini
Marina Matamoros decidiu
deixar o país no final de 2014. Formada em hotelaria, a jovem organizou a
mudança junto com a mãe, o irmão e a cunhada. O grande porém é que também
faziam parte da família cinco cachorros e sete gatos. Claro que levar a
turminha sempre fez partes dos planos e foi preciso muito cuidado com o
transporte. “A ideia surgiu para fugir da violência e descaso do Brasil. Mas
nunca iríamos sem eles”, conta.
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Reprodução Instagram |
O primeiro passo foi conhecer
as leis do outro país e planejar o conforto da viagem. “Para começar, ligamos
para a prefeitura de Barcelona e perguntamos sobre a possibilidade de levar os
12 animais. A resposta foi positiva, desde que a casa tivesse determinada
dimensão que os atendesse, todos estivessem saudáveis, não ficassem muitas
horas sozinhos e fossem cadastrados no censo da prefeitura”, lembra.
Com a principal dúvida
resolvida, Marina iniciou os procedimentos legais do Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ) de São Paulo. Os pets precisavam ser vacinados e passar por
acompanhamento. “ Há uma quarentena de 90 dias. Antes do embarque são novamente
avaliados e, estando saudáveis recebem o atestado veterinário de saúde. Só
assim poderiam ter o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) ”, explica.
Além da documentação, era
preciso planejar os custos do transporte, já que os valores eram altos e
passariam dos R$ 40 mil. “Toda essa parte não pôde ser parcelada e ainda havia a
mudança em si, passagens, etc. Dividimos os custos e até empréstimos fizemos”.
Transporte
A preocupação com a saúde dos
animais após o vôo fez com que Marina ficasse apreensiva. Parte da família foi
antes para receber os animais na Europa, a jovem ficoou para embarcar os cães e
os gatos em etapas. Ao todo, foram três desembarques e uma maratona de seis
horas até a liberação dos últimos bichos.
“O coração ficava super
apertado. Quando finalmente os encontrei caí no choro, pois dá uma angústia a
espera, até ver que todos chegaram bem. E todos chegaram, felizmente”, explica,
emocionada.
Abandono
Deixar os animais para trás
nunca foi opção. A protetora animal conta que não teria realizado a mudança se
eles não pudessem ir. “Não acredito que a pessoa possa começar algo novo
fazendo o mal. Como um recomeço de sorte a partir de um abandono? Que
felicidade a covardia, sofrimento e morte pode alcançar?”, questiona a jovem.
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