José Mendonça da Cruz
Não há semana em que Pacheco
Pereira não se indigne com a «novilíngua», com a «língua de pau» de que acusa o
governo. Esta semana, porém, acusou o primeiro-ministro do contrário, de ser
indelicado e não diplomático ao chamar ao programa do novo governo grego «um
conto de crianças». Pacheco preferia a mesura, o comentário branco, o
respeitinho – a língua de pau, em suma.
Crianças, aliás, pareceram
logo a seguir o mesmo Pacheco Pereira e Jorge Coelho que, embora manifestamente
ignorantes do assunto, tentaram insistentemente que não fosse ouvida a
informação, inteiramente verdadeira mas incómoda, de António Lobo Xavier: de
que os custos da unificação da Alemanha foram inteiramente pagos pela Alemanha,
sem um cêntimo «solidário» de qualquer país da Europa.
Como as crianças, Pacheco, e
Tsipras e Jorge Coelho, tapam os ouvidos e gritam muito para não ouvirem as
verdades de que não gostam. Mas é claro que o primeiro-ministro foi claro e
falou bem. Foi até suave. Podia ter chamado ao programa de governo grego
«suicida, ou «tonto», como é; ou «irresponsável», como lhe chamou Jaime Gama.
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