Esta era a frase colocada na
porta dos campos nazistas de extermínio, e mais sarcasmo impossível pois
não se podia esperar melhor coisa de um regime repugnante em todos os sentidos.
Vamos nos imaginar no lugar de
um Judeu entrando em Auschwitz, por exemplo, olhando acima daquele portão e
lendo a frase que dizia “O trabalho Liberta.”
O que será que sentiríamos?
Ali, naquela porta ele
começava a morrer e a sua alma se libertaria após anos de trabalhos forçados e
tratamento inqualificáveis.
Os nazistas não poderiam ter
sido mais literais ao ter imaginado aquela frase, mas Rudolf Franz
Ferdinand Hob, como comandante de Auschwitz-Birkenau, foi quem mandou
colocar a famosa frase nos portões e, segundo ele sem intenção de escárnio, ou
falsa promessa, usando-a apenas como uma espécie de declaração mística de que o
auto-sacrifício na forma do trabalho sem fim traz, em si mesmo, um tipo de
libertação espiritual.
Um escárnio sem limites, que
usavam e abusavam segundo as suas mentes doentias inseridas em um regime
totalmente paranoico, que conseguiu levar a Alemanha ao delírio e posterior
ruína.
Esta semana
em Auschwitz se comemoram os setenta nos da libertação dos
presos nos campos de concentração.
Será realizada uma homenagem a
todos os que lá morreram e sofreram abusos sem limites. Estarão presentes
chefes de nações do mundo inteiro para lembrar ao mundo que o que ocorreu há
mais de setenta anos atrás, jamais poderá ser repetido, pois rebaixou o homem à
condição de besta humana.
Esta semana, também e
por coincidência, nós do Aerus, temos muito a comemorar pois o
holocausto em que o partido que ora nos governa usando a mesma palavra em sua
estrela, tentou fazer com que nos libertássemos espiritualmente através de uma
tragédia patrocinada por eles, durante quase nove anos.
Terminou, fomos libertados não
por soldados como os Judeus, mas por uma junta de Desembargadores, que soube
dar um basta a todas as maldades, a todo o escárnio em que nos envolveram.
A hipócrita diferença é que
não nos colocaram em campos de concentração.
Fizeram de tudo para que
vivêssemos os nossos campos particulares.
O dia 26 de janeiro de 2015,
deverá ser lembrado sempre como o dia em que o holocausto tupiniquim com ideais
de libertação espiritual estrelada, não vingou nem vingará jamais, porque
infelizmente os Judeus não puderam lutar, não puderam enfrentar os seus
algozes. Nós podemos!
A estrela vermelha, só se
esqueceu de que a época é outra e que apesar de terem matado cerca de 1500 dos
nossos, muitos ainda estarão aqui para enfrentar qualquer tentativa de querer
libertar espiritualmente quem quer que seja.
A qualquer momento.
Título e Texto: José Manuel,
ex-tripulante Varig, 28-1-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-