Luciano Ayan
Anna Ruston é o nome fictício de uma
jovem – agora menos jovem – que foi raptada aos 15 anos de idade e ficou por 13
anos em cativeiro na casa de um homem chamado Malik. Anna teve seu caso
mencionado na BBC e no G1, mas as matérias foram “de passagem”. Por alguma
razão, nenhum escândalo foi feito sobre o caso…
Segundo o relato da vítima,
ela ficou na casa de um homem que conheceu aos 15 anos de idade. Ele era
taxista na Inglaterra e Anna teria sido convencida por ele a ir até sua casa,
de onde não saiu mais. Ela foi estuprada por ele e por amigos durante anos, isso
dentro da casa onde o homem vivia com sua família. Dentro do cativeiro, Anna
teve quatro filhos. Veja o que ela disse sobre o caso:
“Segurei meu primeiro filho, tão pequeno… Os dias
foram passando e quando eu vi que ele havia sido circuncidado e estava com a
cabeça raspada, soube que nunca mais o veria novamente. Nunca me deixaram
amamentar, trocar fralda, mudar roupinha. Simplesmente mantinham o bebê longe
de mim.”
Estranhamente, diferente de
outros casos, a imprensa não tem feito grande alarda sobre isso. Foram apenas
algumas matérias. Seria porque o sequestrador e estuprador é muçulmano?
Provavelmente, sim.
“Ele me chamava de ‘escória branca’ e dizia: Faça
tudo o que eu mando ou você sabe as consequências”, disse Anna. A
garota era sistematicamente estuprada e sofria abusos e maus-tratos também dos
parentes e amigos do sequestrador, que a oferecia como prostituta.
A moça conseguiu fugir, após
mais de uma década em cativeiro, no dia em que Malik e sua família
“comemoravam” o Ramadã. Ela conseguiu passar um bilhete para uma assistente
social e, no momento em que o sequestrador se distraiu, ela fugiu e entrou no
carro da assistente. Aparentemente, seu sequestrador era do Paquistão, país
quase integralmente muçulmano e com leis bem rígidas, conforme a Sharia.
Anna ouviu que seu
sequestrador voltaria ao país natal e ficou com medo de ser apedrejada, prática
comum por lá. Assim, decidiu que era tudo ou nada. Fugiu de lá e retornou para
a casa após 13 anos de tortura.
A pergunta que fica no ar é:
Onde está o escândalo? Cadê os noticiários falando do caso dia e noite? Isso
seria o mínimo! Um homem estuprou uma moça por 13 anos diante de sua família em
plena Inglaterra, não é o tipo de notícia que se vê todos os dias.
Título e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 4-1-2017
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Já a (também) triste história de Natasha Kampusch, descoberta em 2006, em Viena, Áustria, mereceu trocentas reportagens, documentários, matérias… como esta no esquerdista The Guardian: Kidnapped at 10 and held for eight years. The girl in the cellar
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