segunda-feira, 27 de novembro de 2017

[Flagrantes do quotidiano] Consolando o marido desempregado

Kathryn Brod


Minha empregada anunciou certo dia, que era obrigada a pedir uns dias de licença.

– Meu marido perdeu o emprego, disse ela. – E, quando ele não trabalha, eu também não trabalho!

– Mas, Lulu, observei-lhe, – não é justamente quando o seu marido está desempregado que você precisa ainda mais do seu dinheiro?

– É, sim senhora, replicou ela. – Precisamos muito do dinheiro. Mas ele precisa ainda mais de consolo! Quando eu trabalho e ele não, fica desgostoso; e, quando fica desgostoso, começa a beber, e namora a primeira mulher que encontra. E eu me defendo... Mas não se preocupe, patroa, que volto muito em breve. Ele não fica muito tempo desempregado quando eu estou em casa!
Texto: Kathryn Brod, in Seleções Reader’s Digest, fevereiro de 1947

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