segunda-feira, 2 de abril de 2018

[Pernoitar, visitar, comer e beber fora] Bacalhôa Vinhos de Portugal

Começamos a visita pelo Palácio. Depois passeamos pela Quinta. Terminamos a visita com a prova de vinhos: branco, tinto e moscatel. 

Foto: Vera Nobre da Costa

No século XIV, a propriedade pertenceu, como quinta de recreio, a João, Infante de Portugal, filho do Rei D. João I. Herdou-a sua filha Dona Brites, casada com o segundo Duque de Viseu e mãe do Rei D. Manuel I. Os edifícios, os muros com torreões de cúpulas aos gomos e o grande tanque mandados construir por Dona Brites chegaram aos nossos dias.

Foto: JP

Foto: JP

Foto: JP
Em 1528, a quinta seria vendida a D. Brás de Albuquerque, filho primogênito de D. Afonso de Albuquerque. O novo proprietário, além de ter enriquecido as construções com belos azulejos, mandou construir uma harmoniosa "casa de prazer" junto ao lago e dois robustos pavilhões junto aos muros laterais. Nos finais do século XVI, a propriedade fazia parte do morgadio pertencente a D. Jerónimo Teles Barreto - descendente de Afonso de Albuquerque. Este morgadio viria a ser herdado por sua irmã, Dona Maria Mendonça de Albuquerque, casada com D. Jerónimo Manuel, conhecido pela alcunha de "Bacalhau". É muito provável que o nome "Bacalhôa", pelo qual veio a ficar conhecida a antiga Quinta de Vila Fresca, em Azeitão, se deva ao facto de a mulher de D. Jerónimo Manuel ser designada da mesma forma sarcástica.

Foto: D.R.
Em 1936, o Palácio da Bacalhôa foi comprado e restaurado pela norte-americana Orlena Scoville, cujo neto encetou a missão, na década de 1970, de tornar a quinta uma das maiores produtoras de vinho em Portugal. A arquitetura do Palácio, bem como a sua decoração e jardins, foram influenciados ao longo dos séculos pelos diferentes proprietários, inspirados pelas suas viagens através da Europa, da África e do Oriente. Merece especial nota a coleção de azulejos portugueses do séc. XV e XVI que a adorna, evocando desenhos mouriscos e representando uma casa no lago com vista para a Quinta. Do interior ao exterior, o visitante poderá apreciar peças únicas de colecionismo, incluindo o primeiro azulejo datado em Portugal, para além dos jardins e vinhas.

Atualmente, a Quinta da Bacalhôa pertence à Fundação Berardo, pertencente à família do mesmo nome e cujo patriarca é o Comendador José Berardo. Que, aliás, reside no piso superior do Palácio.

A 23 de Junho de 1910 foi classificada como Monumento Nacional. (A Wikipédia informa que foi em 1996.)

Em 1998, o Comendador José Berardo tornou-se o principal acionista e prosseguiu a missão da empresa, investindo no plantio de novas vinhas, na modernização das adegas e na aquisição de novas propriedades, iniciando ainda uma parceria com o Grupo Lafitte Rothschild na Quinta do Carmo.

Em 2007 a Bacalhôa tornou-se a maior acionista na Aliança, um dos produtores mais prestigiados nas categorias de espumantes de alta qualidade, aguardentes e vinhos de mesa. No ano seguinte, a empresa comprou a Quinta do Carmo, aumentando assim para 1200ha de vinhas a sua exploração agrícola.

Foto: JP

Foto: JP

Foto: JP

A Bacalhôa dispõe de adegas nas regiões mais importantes de Portugal: Alentejo, Península de Setúbal (Azeitão), Lisboa, Bairrada, Dão e Douro.

O projeto implementado nas diversas quintas sob o tema «Arte, Vinho, Paixão» visa surpreender as expectativas mais exigentes. Das vinhas ao vinho, todo o processo vitivinícola é envolvido em vários cenários que incluem a tradição e modernidade, com exposições artísticas diversas, da pintura à escultura, nunca esquecendo as magníficas obras naturais.

Considerada a mais bela quinta da primeira metade do século XV ainda existente em Portugal, a Quinta da Bacalhôa é uma antiga propriedade da Casa Real Portuguesa. Localizados em Azeitão, a Quinta e o famoso Palácio da Bacalhôa constituem um monumento artístico da maior relevância para o País.

Foto: D.R.


Na área em redor da Quinta da Bacalhôa, o visitante encontra vilas pitorescas, adegas e uma das paisagens mais belas e imponentes de Portugal - o parque natural da Arrábida.

PALÁCIO, MUSEU E QUINTA DA BACALHÔA
Estrada Nacional 10 - Vila Nogueira de Azeitão, 2925-901, Setúbal - Península de Setúbal

A visita é guiada, a reserva é mandatória. Estas e outras informações e detalhes pitorescos serão passados pelo (pela) Guia.
Gostei muito do programa. Recomendo!

Fontes:

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