Aparecido Raimundo de Souza
VAMOS RETROSPECTAR NA
HISTÓRIA VOLTANDO
ao famoso 13 de agosto de 2014, ou mais precisamente, à morte de um
presidenciável quatro anos atrás. Os senhores que possuem boa e excelente
memória acaso se lembram do que aconteceu nesse fatídico dia? Puxem as orelhas
até que se encostem a seus colhões. Matutem. Chegaram a uma conclusão?
Quem era o presidenciável ao qual nos referimos?
Kikikikikiki. Duvidamos que se recorde! Os brasileiros, por questão da
imbecilidade trazida de berço e da educação cognitiva, não sabem fazer uso
acertado dessa faculdade na qual todos nós conservamos e para o comum de todos
os irmãos, armazenamos (ou deveríamos armazenar) os registros dos fatos que nos
cercam cotidianamente.
Aliás, o povo dessa sociedade de hipócritas e paus mandados,
dessa republiqueta de bajuladores e de vaquinhas de presépio, não sabe, sequer,
o que significa memória. Se essa porra se come com frango desfiado e farinha,
ou se é encontrada em prateleiras de quitandas de supermercados. Logo... a data
em questão, como tudo o que aconteceu naquela quarta-feira, com certeza foi
para a casa do caralho. Literalmente...
Teimosos, por natureza, vamos trazer à baila, retroceder ao
simpático (13 de agosto de 2014). Nesse dia, caríssimos, morreu misteriosamente
(e não em decorrência de uma facada desferida por um “suposto maluco”), o
presidenciável Eduardo Campos. Eduardo Campos atrapalhava. Ou melhor, empatava
a foda de alguém. Seria essa foda a trepada dos outros candidatos de olhos
compridos na pocilga do Palácio do Planalto?
Se sim, quem eram esses “outros”? Vamos dar uma de “Jack, o
Estripador”. Jackinho, o serial killer até hoje desconhecido, gostava de ir por
partes. Vamos seguir, portanto, suas loucuras mais bizarras. Eduardo
atrapalhava Roberto Carlos? Não. Atravancava Tiririca? Não. Adversava Fátima
Bernardes? Não! Esses três estão “via de
regra” (regra aqui entendida em contrário ao sangramento menstrual das
mulheres) fora de cogitação.
Eduardo obstaculizava o pastorzinho de ovelhas perdidas
Everaldo, futricava o Aécio Neves, sacaneava a Marina Silva, bolinava nos brios
da Luciana Genro, cutucava os fundilhos do Eduardo Jorge, sabotava as falas de
Levi Fidelix, ou trapaceava com o Zé Maria? A resposta é a mesma para todos.
NÃO!
Eduardo estorvava, ou desfavorecia uma figura maquiavélica,
astuciosa, a ilustre e “onestíssima” senhora Dilma Roubboussett, diga-se de
passagem, do PT (Partido dos Trambiqueiros ou, se preferirem, dos Trapaceiros).
O “cara”, esse era “O CARA”, liderava as pesquisas e colocava não só a Dilma
como os demais nos fundilhos das burras.
“De repente, não mais que de repente”, esse cidadão,
exatamente às 9 horas da manhã embarcou num jatinho executivo (de prefixo
PR-AFA) no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea
de Santos, litoral de São Paulo.
Minutos antes de pousar, no aeródromo local, o Cessna
Citation Excel 560 XLX, tadinho, levou uma facada (perdão, uma bombada), numa
das asas e pimba. Explodiu ceifando a vida de Eduardo Campos, e, de roldão,
seus quatro assessores, o Piloto e o Copiloto, para verem Deus mais cedo.
Se realmente viu, face a face o Pai Eterno, ou se viram, os
demais, até ontem, ninguém afirmou categoricamente. Todavia, um fato ficou
cindiamente delineado. Eduardo saiu do páreo da corrida ao egrégio puteiro
conhecido pela banda séria (AINDA TEMOS UMA GALERA SÉRIA), como Palácio do
Planalto. Essa mansão tão disputada por esses candidatos à governança do
Brazzil se assemelha ao tríplex de Guarujá, e ao sitiozinho de Atibaia.
Faz com que muita gente de brio nas ventas e aprumo em suas
opiniões, num triscar, perca as estribeiras, se venda, ou dê o rabo, para
sentar em suas poltronas de almofadas de seda pura. Devem ser de ouro esses mobiliários. Ou por
outra, ainda não inventaram remédio para quem tem gana e é capaz de vender a
própria mãe pela farra assobrerjética do poder.
Quatro anos à frente, outro presidenciável na corrida pelas
mesmas poltronas, pelo mesmo chiqueiro idealizado por Niemeyer, sobretudo pelo
Poder dos confins provindos ou exalados desses suntuosos púdrios dos “contos de
foda”, quase segue os passos de Eduardo Campos. O quadro é quase idêntico,
tirando, evidentemente o pesado avião e o substituindo pela estocada de uma
lâmina de artefato barato de cozinha.
Muda, no mesmo rasgar da camisa amarela, o personagem
central. Na agonia de Eduardo Campos, um desastre até hoje cheio de segundas e
terceiras intenções, de fatos não explicados, de contradições e incoerências,
de testemunhas relutantes e compradas pelas forças estranhas dos arbítrios
dominantes.
Escuridão, senhoras e senhores, a moda pitoresca do romance
de Alexandre Moreira. Melhor dito, do Breu símbrio de Lenine, como nos tempos,
sem tirar nem pôr, de “Jack, o Estripador”.
De Jack, porque em verdade, ninguém sabe de nada ninguém viu
ninguém fotografou ou fez uma selfie para a posteridade com a câmera de um
celular. Como o desastre de Eduardo, até
hoje, são meras cogitações. Especulações, invenções, suposições, um enorme circo
armado. O avião de Eduardo caiu – concluíram os peritos em ufologia, os
magnatas da aeronáutica e os cachorrinhos do CENIPA, porque os pilotos eram
despreparados, novatos no comando de um Cessna.
“Mais mula” ainda, o quadrúpede do aeroplano (que também
perdeu a vida se espatifando entre casas e prédios no Bairro do Boqueirão) se
deixando ser levado (ou pilotado) por dois panacas que nem tinham brevês. No caso recente, da “facada” apareceu um
energúmeno precoce que atende pelo nome de Adélio Bispo.
Um infeliz, que nunca passou, segundo se apurou pela Polícia
Federal, pela porta de uma igreja, nem chegou a ser coroinha de algum padreco
de periferia. Cogitam que o bispo talvez seja oriundo de alguma denominação
onde essa espécie de pontífice atue sobre a multidão esfacelada, como urubus em
cima de velhas carniças.
Daí, amados, prevalecer, acima de qualquer obstáculo, o poder
que emana desse chiqueiro Brazzilia e em nome da ralé de otários e girafales é
exercido com dignidade, integridade, honra, altivez, altanaria, soberania e
respeito, kikikikikiki.
Poder, até prova em contrário, manejado, por um cafajeste
mandrião que, em nome dos habitantes “entre aspas”, por força de um tal de
sufrágio universal (votos) lá se vê colocado sentado por quatro anos ou mais,
dependendo das “facadas” desferidas nos costados da raia miúda.
Num complexo de paradoxos, o povinho descuidado e desleixado,
sem eira nem beira, pangaio e farrista, desprovido totalmente do senso ridículo
e patusco, não sabe distinguir direitos humanos para criminosos, de direitos e
deveres para pessoas trabalhadoras e cumpridora de seus deveres.
Essa cambulhada de tolos e ingênuos acredita piamente nesses
senhores de falas bonitas, de revolveres nas mãos e nas bocas, as línguas afiadas
com promessas de fazer Jesus Cristo regressar mais cedo de sua divina Glória
para salva-lo da eterna escravidão reinante.
Devemos alumiar a ignorância de uns tantos, esclarecendo que
o povinho vive na escravidão. Essa escravidão nunca chegará ao fim. Virou
doença crônica. Esse mal do século é fato incontestável. Percebam que entra
ladrão, sai vilão e nada se transforma para melhor. O poder, ao inverso,
continua a olhos vistos, MAIOR, MAIS FORTALECIDO E COESO.
Em conclusão, o golpe desferido não na democracia, até porque
ela nunca existiu, todavia, na face abestalhada dos milhões de manés e
analfabetos de candidatos e órfãos de presidenciáveis, surtiu o efeito
desejado. Atingiu o alvo.
Tirou, de cena, o fungoso Cachaceiro dezenove dedos de São Bernardo,
que todos pensavam fosse sair ileso e se safar candidato. Os ministrinhos estavam se sentindo os reis
da cocada preta, Ibope lá em cima, em alta. Mais sucesso que as tramoias de
merda da Rede Globo.
Entrementes, todos os olhares espantados se voltaram para uma
pobre e humilde faca de cozinha. Deu Bispo na ponta da arma. Notem que não se
fala em outra coisa. Em todos os jornais só dá Ele. Ele, o novo deus a subir a
rampa da bodegosa fortaleza no Penico do mundo.
Temos certeza se os senhores abrirem uma torneira em suas
casas, a água corrente gritará bolsonaaaaaaaaaaaaro. Mesmo norte, a descarga dos seus respectivos
banheiros e latrinas. Perceberam como a gentalha “vai com as outras” não tem
memória? Como num passe de mágica todo
mundo se esqueceu do pobre do Lula, que, deve estar nessa altura do campeonato,
fulo com seu adversário. “Companheiros e companheiras – diria se indagado:
“Esse golpe foi de mestre... é que não uso. Se usasse tiraria o chapéu para
ele”.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, jornalista. De Florianópolis, Santa Catarina. 11-9-2018
Colunas anteriores:
Apenas mais uma teoria de conspiração num aforismo cheio de retórica.
ResponderExcluirSer piloto de autoridades leva a erros absurdos.
Dois exemplos:
MAMONAS e TEORI ZAWASKI
Mamonas tinha o Dinho no lugar de um dos pilotos. Conclusão: Dinho assassinou a si mesmo e aos demais companheiros fazendo com que o pobre do avião batesse na montanha. Ela (a montanha), ainda tentou se locomover um pouco para a esquerda, mas a aeronave foi mais rápida. Até hoje choro a morte trágica daquele simpático avião. Quanto ao senhor Teori, ele literalmente aterrorizava a Vasp, perdão, a Waski. Aparecido Raimundo de Souza, de Florianópolis, Santa Catarina.
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