Maria Lucia Victor Barbosa
Estrutura partidária e
recursos financeiros são, sem dúvida, muito importantes para candidatos em
campanha. Existe, porém, algo mais que vai além de imagens construídas
artificialmente por marqueteiros. Trata-se dos elementos carisma, identificação,
confiança.
Carisma, conceito geralmente
confundido com populismo, significa “dom da graça”. Em seu estudo sobre
autoridade carismática, Max Weber analisa essa característica atribuída a
profetas e heróis vistos como forças realmente revolucionárias na história.
Transposto o conceito para a
política, carismático é o personagem que foge ao habitual graças a sua
ascendência sobre os demais, ao seu fulgor que impõe a adesão e admiração, ao
seu talento pessoal.
Nesta eleição de 2018, se pode
dizer que entre os candidatos à presidência da República, Jair Messias
Bolsonaro é o carismático. Note-se que ele é chamado de mito. E mito tem
simbologias ligadas a personagens como deuses e heróis. Esses componentes são
por vezes misturados a fatos que caracterizam humanos. Assim sendo, Bolsonaro é
percebido pelo inconsciente coletivo como uma espécie de herói por ser um homem
contra o sistema.
Um homem sem estrutura
partidária, sem recursos financeiros, que enfrenta um sistema onde avulta a
infamação de sua imagem pela mídia mais poderosa. Um sistema infiltrado pelo PT
em desespero para retornar ao poder. Um
poderoso sistema que quase deu fim sua vida.
A identificação também é
essencial ao candidato e se dá quando alguém se assemelha aos eleitores através
de propósitos, valores, comportamentos. E quando nesses tempos do politicamente
correto um líder fala o que está preso na garganta de milhões de pessoas, a
identificação acontece. O eleitorado de Bolsonaro se identifica com o mito que
tem a coragem de se expressar corajosamente pela maioria silenciosa.
Bolsonaro representa também o
antipetismo e o porquê disto é fácil de entender. Depois de quase 14 anos de PT
chegou-se a um ponto de degradação não apenas econômica, mas também de valores.
Nesses anos de Lula/Dilma a esquerda requentada, que escamoteou a realidade dos
tenebrosos e fracassados sistemas comunistas, tornou a corrupção
institucionalizada.
Promoveu a louvação e a defesa
dos bandidos insuflando assim a violência. Dedicou-se a perversão das crianças
através da falácia de que não existem meninos e meninas, estimulando a
sexualidade prematura e a pedofilia. O aborto tornou-se algo natural. O
feminismo descambou em manifestações grotescas de mulheres nuas que,
paradoxalmente, se ofereceram como objeto. A Lei Rouanet financiou exposições
abertas a crianças e jovens onde prevaleceram a degradação da arte, a
vulgaridade, a mediocridade, o apelo a pedofilia, a zoofilia, a profanação
através de aberrantes figuras religiosas.
A reação a esse estado de
coisas não pode ser explicada simploriamente como conservadorismo da direita
radical, de moralismo burguês, mas trata-se da repulsa espontânea da sociedade
diante da depravação, da decadência moral, do favorecimento a desintegração
social.
Nesse quadro, em que todos os
mecanismos morais, éticos e estéticos afrouxaram sente-se a necessidade da
ordem, do equilíbrio. Desse modo, quando Bolsonaro vocaliza as angústias e
perplexidades porque passa a sociedade brasileira, a identificação acontece
naturalmente e ele se torna um de nós.
Finalmente, sem confiança
nenhum candidato vence. Mais atento nessa eleição, descrente dos políticos
mergulhados nos esquemas de corrupção do governo petista, o povo está mais
imune às promessas mirabolantes. Pouco interessa aos eleitores os partidos, as
simulações ideológicas, os programas de governo. O que se deseja é alguém que
transmita segurança e esperança. Alguém em que se possa confiar. E isso
Bolsonaro transmite, o que também o diferencia dos demais candidatos.
Entenda-se, que se ganhar, Bolsonaro
não fará milagres porque a herança maldita do presidiário e de seu poste
Rousseff não se conserta em um dia. O Congresso seguirá venal com parlamentares
voltados para seus próprios interesses. A Justiça, com exceção do juiz Moro e
de outros magistrados continuará injusta. Haverá sempre o risco de nova
tentativa de assassinato.
Continuará a
perseguição pelos meios de comunicação, O PT tentará destruir o eleito porque
petistas não perdoam quem ganha dos seus companheiros.
Mesmo com toda dificuldade que
o espera, sendo bem-intencionado e cônscio de sua responsabilidade, Bolsonaro
fará o que estiver ao seu alcance. O que não dá é reeditar o pesadelo do
autoritarismo, da incompetência, da corrupção, da esbórnia petista. Isto sim,
seria uma desgraça inominável.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa, Socióloga,
30-9-2018
Marcação: JP
Não está fácil, Doutora!
ResponderExcluirEmbora eu nunca tenha visto/assistido um candidato à presidência do Brasil despertar/provocar tamanha ADESÃO ESPONTÂNEA e ALEGRE!
Mais um sinal da debandada tucana
ResponderExcluirDe acordo com o Radar, Geraldo Alckmin ignorou tucanos graduados, como Tasso Jereissati, João Doria, Mara Gabrilli e Marconi Perillo, ao decidir transformar Jair Bolsonaro, não o PT, como seu alvo principal.
O candidato do PSDB decidiu seguir o conselho de Antonio Lavareda.
A nota do Radar pode ser interpretada como mais um sinal da debandada tucana.
O antagonista
Apesar de todo o desprezo da mídia, o Brasil, de norte a sul, das capitais ao interior, mandou sua inequívoca mensagem.
ResponderExcluirAs incontáveis manifestações, pelo país afora, deixaram claro que uma multidão não quer a volta do PT ou dos seus fiéis aliados ao poder. Tornou-se, praticamente, impossível não enxergar o favoritismo do Capitão Jair Bolsonaro e suas boas chances de vitória.
Logicamente, a eleição não está ganha, temos o fantasma da urna eletrônica inauditável, mas o momento, hoje, vivido pelo país é bem distinto daquele de 2014. Temos uma boa parte da população brasileira lutando contra o comunismo, seus tentáculos, e votando por CONVICÇÃO.
Se quiserem, efetivamente, fraudar a eleição vindoura precisarão bem mais do que coragem e descaramento: precisarão derrotar completamente a bandeira do país, as nossas Forças Armadas e o povo nas ruas.
O Brasil pode ter, depois de décadas, seu primeiro presidente eleito por um movimento popular que não teve auxílio algum da mídia, de partidos políticos, de artistas engajados do beautiful people, dos intelectuais de meia tigela, dos expoentes das universidades, do dinheiro dos corruptos, ou do dinheiro público.
A direita meio incipiente - como sempre é chamada no Brasil - conseguiu até aqui um feito pra lá de histórico. E isto não é pouco, viu?
Claudia Wild
Esse homem conseguiu um fato inédito: Fazer o brasileiro usar camisa do Brasil sem Copa, cantar o Hino nacional que a maioria já tinha até esquecido que existia e mais ainda... levantar a bandeira do Brasil o que causava constrangimento e vergonha! Como não votar nele👉🇧🇷1️⃣7️⃣
ResponderExcluirPátricia Barraca