terça-feira, 11 de setembro de 2018

[Aparecido rasga o verbo] O baque solto de uma faca não cadastrada

Aparecido Raimundo de Souza

VAMOS RETROSPECTAR NA HISTÓRIA VOLTANDO ao famoso 13 de agosto de 2014, ou mais precisamente, à morte de um presidenciável quatro anos atrás. Os senhores que possuem boa e excelente memória acaso se lembram do que aconteceu nesse fatídico dia? Puxem as orelhas até que se encostem a seus colhões. Matutem. Chegaram a uma conclusão?

Quem era o presidenciável ao qual nos referimos? Kikikikikiki. Duvidamos que se recorde! Os brasileiros, por questão da imbecilidade trazida de berço e da educação cognitiva, não sabem fazer uso acertado dessa faculdade na qual todos nós conservamos e para o comum de todos os irmãos, armazenamos (ou deveríamos armazenar) os registros dos fatos que nos cercam cotidianamente.

Aliás, o povo dessa sociedade de hipócritas e paus mandados, dessa republiqueta de bajuladores e de vaquinhas de presépio, não sabe, sequer, o que significa memória. Se essa porra se come com frango desfiado e farinha, ou se é encontrada em prateleiras de quitandas de supermercados. Logo... a data em questão, como tudo o que aconteceu naquela quarta-feira, com certeza foi para a casa do caralho. Literalmente...

Teimosos, por natureza, vamos trazer à baila, retroceder ao simpático (13 de agosto de 2014). Nesse dia, caríssimos, morreu misteriosamente (e não em decorrência de uma facada desferida por um “suposto maluco”), o presidenciável Eduardo Campos. Eduardo Campos atrapalhava. Ou melhor, empatava a foda de alguém. Seria essa foda a trepada dos outros candidatos de olhos compridos na pocilga do Palácio do Planalto? 

Se sim, quem eram esses “outros”? Vamos dar uma de “Jack, o Estripador”. Jackinho, o serial killer até hoje desconhecido, gostava de ir por partes. Vamos seguir, portanto, suas loucuras mais bizarras. Eduardo atrapalhava Roberto Carlos? Não. Atravancava Tiririca? Não. Adversava Fátima Bernardes?  Não! Esses três estão “via de regra” (regra aqui entendida em contrário ao sangramento menstrual das mulheres) fora de cogitação.

Eduardo obstaculizava o pastorzinho de ovelhas perdidas Everaldo, futricava o Aécio Neves, sacaneava a Marina Silva, bolinava nos brios da Luciana Genro, cutucava os fundilhos do Eduardo Jorge, sabotava as falas de Levi Fidelix, ou trapaceava com o Zé Maria? A resposta é a mesma para todos. NÃO!

Eduardo estorvava, ou desfavorecia uma figura maquiavélica, astuciosa, a ilustre e “onestíssima” senhora Dilma Roubboussett, diga-se de passagem, do PT (Partido dos Trambiqueiros ou, se preferirem, dos Trapaceiros). O “cara”, esse era “O CARA”, liderava as pesquisas e colocava não só a Dilma como os demais nos fundilhos das burras.  

“De repente, não mais que de repente”, esse cidadão, exatamente às 9 horas da manhã embarcou num jatinho executivo (de prefixo PR-AFA) no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, litoral de São Paulo.

Minutos antes de pousar, no aeródromo local, o Cessna Citation Excel 560 XLX, tadinho, levou uma facada (perdão, uma bombada), numa das asas e pimba. Explodiu ceifando a vida de Eduardo Campos, e, de roldão, seus quatro assessores, o Piloto e o Copiloto, para verem Deus mais cedo.

Se realmente viu, face a face o Pai Eterno, ou se viram, os demais, até ontem, ninguém afirmou categoricamente. Todavia, um fato ficou cindiamente delineado. Eduardo saiu do páreo da corrida ao egrégio puteiro conhecido pela banda séria (AINDA TEMOS UMA GALERA SÉRIA), como Palácio do Planalto. Essa mansão tão disputada por esses candidatos à governança do Brazzil se assemelha ao tríplex de Guarujá, e ao sitiozinho de Atibaia. 

Faz com que muita gente de brio nas ventas e aprumo em suas opiniões, num triscar, perca as estribeiras, se venda, ou dê o rabo, para sentar em suas poltronas de almofadas de seda pura.  Devem ser de ouro esses mobiliários. Ou por outra, ainda não inventaram remédio para quem tem gana e é capaz de vender a própria mãe pela farra assobrerjética do poder.

Quatro anos à frente, outro presidenciável na corrida pelas mesmas poltronas, pelo mesmo chiqueiro idealizado por Niemeyer, sobretudo pelo Poder dos confins provindos ou exalados desses suntuosos púdrios dos “contos de foda”, quase segue os passos de Eduardo Campos. O quadro é quase idêntico, tirando, evidentemente o pesado avião e o substituindo pela estocada de uma lâmina de artefato barato de cozinha.

Muda, no mesmo rasgar da camisa amarela, o personagem central. Na agonia de Eduardo Campos, um desastre até hoje cheio de segundas e terceiras intenções, de fatos não explicados, de contradições e incoerências, de testemunhas relutantes e compradas pelas forças estranhas dos arbítrios dominantes.

Escuridão, senhoras e senhores, a moda pitoresca do romance de Alexandre Moreira. Melhor dito, do Breu símbrio de Lenine, como nos tempos, sem tirar nem pôr, de “Jack, o Estripador”.

De Jack, porque em verdade, ninguém sabe de nada ninguém viu ninguém fotografou ou fez uma selfie para a posteridade com a câmera de um celular.  Como o desastre de Eduardo, até hoje, são meras cogitações. Especulações, invenções, suposições, um enorme circo armado. O avião de Eduardo caiu – concluíram os peritos em ufologia, os magnatas da aeronáutica e os cachorrinhos do CENIPA, porque os pilotos eram despreparados, novatos no comando de um Cessna.

“Mais mula” ainda, o quadrúpede do aeroplano (que também perdeu a vida se espatifando entre casas e prédios no Bairro do Boqueirão) se deixando ser levado (ou pilotado) por dois panacas que nem tinham brevês.  No caso recente, da “facada” apareceu um energúmeno precoce que atende pelo nome de Adélio Bispo.

Um infeliz, que nunca passou, segundo se apurou pela Polícia Federal, pela porta de uma igreja, nem chegou a ser coroinha de algum padreco de periferia. Cogitam que o bispo talvez seja oriundo de alguma denominação onde essa espécie de pontífice atue sobre a multidão esfacelada, como urubus em cima de velhas carniças.
                
Daí, amados, prevalecer, acima de qualquer obstáculo, o poder que emana desse chiqueiro Brazzilia e em nome da ralé de otários e girafales é exercido com dignidade, integridade, honra, altivez, altanaria, soberania e respeito, kikikikikiki.

Poder, até prova em contrário, manejado, por um cafajeste mandrião que, em nome dos habitantes “entre aspas”, por força de um tal de sufrágio universal (votos) lá se vê colocado sentado por quatro anos ou mais, dependendo das “facadas” desferidas nos costados da raia miúda.

Num complexo de paradoxos, o povinho descuidado e desleixado, sem eira nem beira, pangaio e farrista, desprovido totalmente do senso ridículo e patusco, não sabe distinguir direitos humanos para criminosos, de direitos e deveres para pessoas trabalhadoras e cumpridora de seus deveres.

Essa cambulhada de tolos e ingênuos acredita piamente nesses senhores de falas bonitas, de revolveres nas mãos e nas bocas, as línguas afiadas com promessas de fazer Jesus Cristo regressar mais cedo de sua divina Glória para salva-lo da eterna escravidão reinante.

Devemos alumiar a ignorância de uns tantos, esclarecendo que o povinho vive na escravidão. Essa escravidão nunca chegará ao fim. Virou doença crônica. Esse mal do século é fato incontestável. Percebam que entra ladrão, sai vilão e nada se transforma para melhor. O poder, ao inverso, continua a olhos vistos, MAIOR, MAIS FORTALECIDO E COESO.

Em conclusão, o golpe desferido não na democracia, até porque ela nunca existiu, todavia, na face abestalhada dos milhões de manés e analfabetos de candidatos e órfãos de presidenciáveis, surtiu o efeito desejado. Atingiu o alvo.

Tirou, de cena, o fungoso Cachaceiro dezenove dedos de São Bernardo, que todos pensavam fosse sair ileso e se safar candidato.  Os ministrinhos estavam se sentindo os reis da cocada preta, Ibope lá em cima, em alta. Mais sucesso que as tramoias de merda da Rede Globo.

Entrementes, todos os olhares espantados se voltaram para uma pobre e humilde faca de cozinha. Deu Bispo na ponta da arma. Notem que não se fala em outra coisa. Em todos os jornais só dá Ele. Ele, o novo deus a subir a rampa da bodegosa fortaleza no Penico do mundo.

Temos certeza se os senhores abrirem uma torneira em suas casas, a água corrente gritará bolsonaaaaaaaaaaaaro.  Mesmo norte, a descarga dos seus respectivos banheiros e latrinas. Perceberam como a gentalha “vai com as outras” não tem memória?  Como num passe de mágica todo mundo se esqueceu do pobre do Lula, que, deve estar nessa altura do campeonato, fulo com seu adversário. “Companheiros e companheiras – diria se indagado: “Esse golpe foi de mestre... é que não uso. Se usasse tiraria o chapéu para ele”. 
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. De Florianópolis, Santa Catarina. 11-9-2018

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2 comentários:

  1. Apenas mais uma teoria de conspiração num aforismo cheio de retórica.
    Ser piloto de autoridades leva a erros absurdos.
    Dois exemplos:
    MAMONAS e TEORI ZAWASKI

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  2. Mamonas tinha o Dinho no lugar de um dos pilotos. Conclusão: Dinho assassinou a si mesmo e aos demais companheiros fazendo com que o pobre do avião batesse na montanha. Ela (a montanha), ainda tentou se locomover um pouco para a esquerda, mas a aeronave foi mais rápida. Até hoje choro a morte trágica daquele simpático avião. Quanto ao senhor Teori, ele literalmente aterrorizava a Vasp, perdão, a Waski. Aparecido Raimundo de Souza, de Florianópolis, Santa Catarina.

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