Com o intuito de contraditar o que a mídia burguesa internacional vem publicando sobre os acontecimentos na Líbia, encaminho um artigo com uma abordagem diferente, publicado por um jornal da Rússia, o Pravda em sua versão em português. Lembramos aos leitores que esse jornal que se originou quando a Rússia era socialista, hoje tem uma linha editorial completamente diferente de suas origens. O artigo é interessante porque faz o contraditório e isso é bom para ajudar a opinião pública a entender o que se passa nesse país.
Jacob David Blinder
PS - Pravda em russo significa VERDADE.
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04.03.2011
Pravda-Ru
Como pode ser chamado de ditador um líder que derrubou uma monarquia corrupta, modernizou o país, conquistou o melhor IDH da África, aplicou a democracia direta no sistema de governo?
Por José Gil
Kadhafi sempre apoiou os movimentos revolucionários em todo o mundo. Quando a mídia - a serviço dos EUA - elogiava o regime de apartheid na África do Sul, Kadhafi treinava jovens na Líbia e os mandava de volta com os melhores armamentos, para conquistar a liberdade na África do Sul.
De repente a imprensa passou a atacar diariamente o líder Muammar Kadhafi, a destilar ódio, difundir mentiras, falsificar vídeos para provar (?) os crimes do governo líbio. Aparentemente essa linha jornalística foi causada pelos levantes populares na Argélia, Tunísia, Iêmen e Egito. Na verdade, trata-se de mais uma estratégia terrorista do governo dos Estados Unidos da América para recuperar influência no mundo árabe. No Egito caiu o governo de confiança dos EUA. Mubarak não passava de um agente dos interesses norte-americanos e israelenses na região. Com a queda de Mubarak navios iranianos passaram a circular nas proximidades de Israel, causando mal-estar e revolta nos meios diplomáticos subservientes ao imperialismo e ao sionismo.
Após perder o Egito, o governo dos Estados Unidos tenta dividir e enfraquecer a Líbia, e neste sentido recebe o apoio dos partidários de Bin Laden, milhares de refugiados egípcios que ao longo dos anos se refugiaram no leste da Líbia, fugindo da repressão no Egito. Após os egípcios vieram os argelinos, tunisianos e somalis, seguidores da Al-Qaeda. Desfrutaram da hospitalidade dos líbios e em seguida os apunhalaram pelas costas, deflagrando uma revolta que fez dezenas de vítimas, através de sabotagens, terrorismo e destruição de bens públicos.
Mas quem é esse Kadhafi que a mídia, de repente, passou a atacar de todas as formas, e até de forma covarde? Kadhafi liderou uma revolução para derrubar o rei Ídris, um fantoche dos interesses italianos e norte-americanos na região. Na época, a maior base militar dos Estados Unidos no exterior estava na Líbia, e Kadhafi e seus partidários cercaram a base e deram prazo de 24 horas para todos os estrangeiros invasores deixarem o país.
No poder, Kadhafi não fez como os monarcas árabes, não construiu palácios com peças em ouro, não comprou iates luxuosos nem coleções de carros importados. Dedicou-se a reconstruir o país, garantindo melhores condições de vida para o povo. Hoje Kadhafi não é presidente nem primeiro ministro da Líbia, mas a mídia quer que ele renuncie ao cargo que não existe.
As mentiras da mídia não conseguem esconder que Kadhafi apoiou as lutas dos povos por libertação na Nicarágua, Cuba, Angola, Moçambique, África do Sul e muitos outros países, auxiliando concretamente os povos que lutavam por libertação. Na prática, Kadhafi sempre foi um benfeitor da humanidade, mas para a mídia mercenária, benfeitor é aquele que cria guerras em busca de lucros para a indústria bélica ou para dominar o mundo, como foram as guerras criadas pelos Estados Unidos na Coreia, Vietnam, Iraque, Palestina, Afeganistão, El Salvador, Nicarágua e muitos outros países.
Essas fofocas ridículas de riquezas e costumes estranhos sempre foram exploradas pela mídia; foi assim com Sadam Hussein, Yasser Arafat, Fidel Castro, Ahmadinejad, Hugo Chávez e etc. Basta ser um governante sério que não se ajoelha e não se acovarda perante os Estados Unidos para ser avacalhado pela mídia mercenária.
Outro fato que a mídia não consegue falsificar é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) aferido por técnicos das Nações Unidas. Esses dados apontam, por exemplo, que a Líbia tinha, em 1970, uma situação pouco pior que a do Brasil (IDH de 0,541, contra 0,551 do brasileiro). O índice líbio superou o brasileiro anos depois e, em 2008, estava bem à frente: 0,810 (43º no ranking), contra 0,764 (59º no ranking). Todos os três sub-índices que compõem o IDH são maiores no país africano: renda, longevidade e educação.
No IDH reformulado a diferença se mantém. A Líbia é a 53ª no ranking (0,755) e o Brasil, 73º (0,699). A Líbia é o país com melhor IDH da África. Portanto, tem a melhor distribuição de renda, tem saúde e educação pública gratuitas. E quase 10% dos estudantes líbios recebem bolsas para estudar em países estrangeiros.
Que ditadura é esta? Uma ditadura jamais permitiria esse tipo de política em benefício do povo.

Mas a imprensa continuará insistindo em falsificar notícias, destilando ódio, difundindo mentiras, porque está cumprindo ordens do governo norte-americano, o grande interessado nas grandes reservas de petróleo da Líbia.
Os grandes jornais e canais de televisão do Brasil utilizam agências de notícias norte-americanas, todas tendenciosas, mentirosas, enganadoras. As mentiras que as agências de notícias vendem são compradas pela opinião pública brasileira, e a maioria das pessoas por ingenuidade ou desinformação (?) se comporta como marionetes, repetindo aquilo que o governo dos Estados Unidos impõe e determina.
Esta não é a primeira vez, e nem será a última, que o povo árabe líbio enfrenta potências estrangeiras poderosas. Mais uma vez o povo líbio vencerá, porque tem na liderança de Muammar Kadhafi um guia eficaz, forte e honrado.
URL: www.terceirateoria.blogspot.com Enviado por Ronald dos Santos Barata
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