domingo, 11 de março de 2012

Expresso: o semanário que morreu… e ninguém lhe disse

Alberto de Freitas

No programa “Expresso da Meia-Noite” da SIC Notícias de sexta-feira, dia 9/3, com a presença do Diretor, subdiretor (Nicolau Santos) e quatro jornalistas (dois intitulavam-se politólogas), praticou-se a “caça” do dia: o “prefácio” apresentado por Cavaco. Em metade do programa todos trocaram ideias sobre o texto, com incidência no segredo de Polichinelo, em relação ao comportamento de Sócrates. Não pondo em causa todos os dramas anunciados, devido ao teor de tal documento, escuto pasmado a última jornalista a intervir, declarar que, ao contrário do restante elenco considerava o dito documento com bastante interesse.


E qual a razão para a absurda afirmação? Pois bem: tinha lido o documento. A dita jornalista tinha cometido um pecado capital: tinha-se informado antes de informar.

Todo o elenco lhe deu os parabéns, e elogiaram-lhe o “saco” para perder tempo com tais leituras.

Quer dizer que durante 30 minutos, os responsáveis do principal semanário do País, analisaram e contestaram um documento que nunca tinham lido.

A tal jornalista, heroína da noite, explicou-lhes que se tratava de um ato tradicional dos presidentes da República, sempre que completam o aniversário da posse: apresentar um “prefácio” (de futuras memórias) da história dos últimos 365 dias. Cavaco não estava a interferir, mas a contar o que se tinha passado. Era história, não ação política.

E o interessante, é que todas as luminárias presentes escutaram tais explicações, como “novidade”. Se assistimos a tal ignorância da parte da Direção do Expresso, que dizer do restante pessoal?

A quem duvidar, aconselho a assistir ao dito Expresso da Meia-Noite.
Título e Texto: Alberto de Freitas

Convidados: jornalista Ana Sousa Dias, politóloga Conceição Pequito, jornalista do semanário Expresso Luísa Meireles e a politóloga Marina Costa Lobo.

Como eu já escrevi por aqui, cansei desses debatedores - a maioria deles militantes políticos - que, para aparecer bonitos na foto, têm sempre algo de conspirador, algo de desqualificador... para dizer. A empáfia em atribuir características psicológicas aos governantes, especialmente ao PM, tipo "Passos Coelho sai fragilizado", "PC hesitou...", etc., etc. me enche o saco. Mas o povo, o povo de Portugal, especialmente aquele que não mora em Lisboa, particularmente aquele que quer trabalhar, especificamente aquele que percebe bem o cuspe da cobra, sairá vencedor! A bem e para o bem de Portugal!

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