Alberto de Freitas
Relativamente ao texto em questão, recorda-me em Portugal os saudosistas de soluções passadas. Algo que
discordo. A “conquista” do voto responsabiliza-nos. Os safadinhos, safados e
safadões da sociedade democrática, são os mesmos da ditadura. Dir-me-ão: Mentira!
São outros. -, é verdade. Verdade e mentira, pois se as personagens são outras,
as safadices, essas, são as mesmas. Podem não ser do conhecimento público por
condicionalismos da situação, mas estão presentes. Refiro-me às safadices.
A indignação surge quando
constatamos que o “mal” não está no sistema político, mas em nós. Os safados
somos nós. Por ação e inação. Mais inação do que ação. Somos “nós” que
escolhemos, somos “nós” que pactuamos.
A prova, tenho-a num Portugal
que sei como pensava antes de Abril de 74 e, quando retornei ao País em Maio de
74, encontrei os “mesmos”, já pertença do MDP-CDE ou do PCP e a considerarem
que afinal, o marxismo era genético… só que nunca tinham dado conta. Como
continuamos os mesmos, receio que num regresso à ditadura, lá iriamos rebuscar
ao ADN, as razões da nossa “adaptabilidade.
Como seria no Brasil?
Não é o voto que nos muda. Nós
temos que mudar primeiro: o resultado da votação só nos reflete. Penso que é
isso que nos incomoda e, como é humano, preferimos poder responsabilizar
alguém. E nada melhor que fazê-lo a um governo que não escolhemos… “que esteja
lá à força da bala”
Título e Texto: Alberto de
Freitas
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