sexta-feira, 9 de março de 2012

“… O erro de não meter uma bala…”

Alberto de Freitas
Relativamente ao texto em questão, recorda-me em Portugal os saudosistas de soluções passadas. Algo que discordo. A “conquista” do voto responsabiliza-nos. Os safadinhos, safados e safadões da sociedade democrática, são os mesmos da ditadura. Dir-me-ão: Mentira! São outros. -, é verdade. Verdade e mentira, pois se as personagens são outras, as safadices, essas, são as mesmas. Podem não ser do conhecimento público por condicionalismos da situação, mas estão presentes. Refiro-me às safadices.
A indignação surge quando constatamos que o “mal” não está no sistema político, mas em nós. Os safados somos nós. Por ação e inação. Mais inação do que ação. Somos “nós” que escolhemos, somos “nós” que pactuamos.
A prova, tenho-a num Portugal que sei como pensava antes de Abril de 74 e, quando retornei ao País em Maio de 74, encontrei os “mesmos”, já pertença do MDP-CDE ou do PCP e a considerarem que afinal, o marxismo era genético… só que nunca tinham dado conta. Como continuamos os mesmos, receio que num regresso à ditadura, lá iriamos rebuscar ao ADN, as razões da nossa “adaptabilidade.
Como seria no Brasil?

Não é o voto que nos muda. Nós temos que mudar primeiro: o resultado da votação só nos reflete. Penso que é isso que nos incomoda e, como é humano, preferimos poder responsabilizar alguém. E nada melhor que fazê-lo a um governo que não escolhemos… “que esteja lá à força da bala”
Título e Texto: Alberto de Freitas

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