domingo, 13 de maio de 2012

É mesmo bom ser mãe em Portugal

Isabel Stilwell
Portugal é um país onde é bom ser mãe, revela o State of the World’s Mothers 2012, o estudo publicado ontem pela associação Save the Children, que deixa Portugal classificado em 15º lugar. Por cá, a taxa de mortalidade materna baixou extraordinariamente: se qualquer morte é trágica, uma morte em cada 9800 partos é uma conquista, quando há um século a percentagem era perto de 25%. A taxa de mortalidade infantil seguiu-lhe os passos, e os nossos bebés têm uma probabilidade enorme de sobreviverem e serem saudáveis. Quanto a garantias, as mães, pelo menos as que trabalham, têm direito a uma licença de parto remunerada, alargada ao pai.  As mães têm uma escolaridade mais alta e são mães mais tarde, o que traz desvantagens, é bem preferível a gravidezes na adolescência, que até há bem pouco tempo ainda eram das mais altas da Europa. O acesso aos cuidados de saúde e à escolaridade são garantidos à totalidade da população (sim, apesar de todas as nossas queixas), e o aumento de creches públicas, embora longe do desejável, é positivo. E depois há mil outros factores que tornam Portugal fantástico para as mães e para as crianças, e que estes estudos não contemplam. O sol e o céu azul, que voltaram!, os laços familiares estreitos onde avós e tios funcionam como rede de apoio, e uma atitude generosa e aberta para com os mais pequenos. Se conseguirmos aproximarmo-nos dos indicadores de saúde e educação dos países que estão à nossa frente, óptimo, mas maravilha das maravilhas era que importássemos o bom, mas deixássemos longe as paranóias (em cada estranho um pedófilo!), os sanitarismos (filho, cuidado que te sujas!) e a superprotecção (se tu vais, a mãezinha vai contigo!) que ensombram a infância e poluem o coração das mães.
Título e Texto: Isabel Stilwell, Destak, 11-05-2012

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