Isabel Stilwell
Estava na Feira do Livro no
domingo, quando o primeiro-ministro, que “passeava numa visita particular e
informal”, acompanhado de um secretário de Estado, foi vaiado por um pequeno
grupo de manifestantes, “transeuntes espontâneos”, como relataram alguns
comentadores, cegos certamente aos cartazes que espontaneamente tiraram do
bolso.
Até aqui nada de
extraordinário. Nem Pedro Passos Coelho estava a fazer uma visita como se fosse
um cidadão normal (nem podia!), nem os indignados estavam ali por acaso, o que
significa que havia uma agenda prévia. Ambos os lados faziam política, ponto
final. O que a mim, me fez subir o sangue à cabeça de indignação foi um dos
slogans gritados, mais propriamente um “Passos ladrão, o teu lugar é na
prisão!” Gritar contra banqueiros, o FMI, exigir a demissão do
primeiro-ministro, mandá-lo embora, tudo isso me parecia admissível, mas a
impunidade com que hoje, em Portugal, se chama ladrão a um político, como se as
palavras fossem sinónimo, é sintoma de que as pessoas perderam a consciência de
que o direito ao bom nome é um direito constitucional, que a difamação é um
crime, e que se uma acusação é feita sem provas, quem vai para a prisão é quem
injuria.
Mais ainda é uma ingratidão
para com aqueles que, num regime democrático, foram eleitos pelo povo soberano
em sua representação, e que dão o seu melhor para o servir. Juro que achava
compreensível que Passos Coelho, ou outro político, exigisse que cada um deles
se identificasse para o processar, deixando-lhe o ónus de provar as acusações
proferidas. É claro que era insensato, porque seria fazer deles heróis,
promovendo-os a abertura de telejornal, mas talvez alguns recuperassem o peso
da palavra, para a usarem com veemência quando estão dispostos a assumir as
consequências.
Título e Texto: Isabel
Stilwell, Destak,
15-05-2012
Ora, Sra. Isabel o que esperar depois de tanta contaminação? Vejamos:
É
só contar as palavras negativas, negativistas e com elevada carga de
negatividade: "roubar", "afundar", "rejeitar", "agressão". Outros "bons"
exemplos abundam pelo país. Felizmente, para o país e para o povo, a
maioria já percebeu há muito que os esquerdeiros não se movem por, nem
com valores, mas sim, por e com rancores. É isso aí
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