Francisco Vianna
Considerando apenas o PIB
fraco, o Brasil, está em último lugar, entre os chamados “países emergentes”.
Considerando o “rendimento per capita”, o poder aquisitivo, e o IDH (índice de
desenvolvimento humano) vê-se, sem maior esforço, que o país dá um mergulho no
retrocesso.
O Brasil dos petralhas
apresentou o pior desempenho econômico entre os países ‘emergentes’, no
primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2011, com um crescimento do
PIB de apenas 0,8% no período.
No mesmo trimestre, a China
cresceu 8,1%, a Índia 5,8%, e a Rússia 4,9%, e, pois, estamos na lanterna no
grupo conhecido por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Perdemos também para
os vizinhos sulamericanos – Argentina (+4,8%), Chile (+5,6%), México (+4,6%),
Peru (+6%) e, até mesmo, a empobrecida Venezuela (+5,6%).
Todavia, se analisarmos a
situação do país com relação ao PIB per capita, ou rendimento per capita,
despencamos do 86º para o 101º lugar com 10.800 dólares anuais e com relação ao
IDH arrastamo-nos no 84º lugar, o que mostra que o Brasil deu um novo mergulho
no mar de retrocesso que ganha volume no país.
Tais resultados pífios das
sucessivas administrações de esquerda ocorrem não apenas por problemas sazonais
de queda acentuada do agronegócio (-8,5%) e dos investimentos em geral (-2,1%),
mas também porque a economia brasileira que parece mostrar sinais de
desestímulo ao trabalho – em virtude das inúmeras benesses distribuídas pelo
estado – e pelo recuo dos investidores que têm poucas garantias jurídicas para
os seus investimentos, quer no setor primário, quer no setor industrial ou no
setor de serviços.
Os investimentos em
infraestrutura também foram pífios e o país vem se tornando campeão do
desperdício e da falta de produtividade, com um sistema tributário paquidérmico
que torna o chamado “custo Brasil” quase insuportável para a iniciativa
privada, com o contribuinte brasileiro tendo já que trabalhar cinco meses do
ano apenas para pagar impostos e contribuições, com uma devolução de serviços
públicos da pior qualidade possível.
Todavia, apesar de ruim, o
resultado da economia brasileira nos três primeiros meses de 2012 sobre igual
período do ano passado foi ligeiramente melhor do que muitos países
desenvolvidos, especialmente os europeus.
Na mesma base de comparação, o
PIB do Brasil foi superior ao da França (+0,3%), Itália (-1,3%), Espanha
(-0,4%), Holanda (-1,3%), Portugal (-2,2%), Grã-Bretanha (0%) e Grécia (-
6,2%). Por outro lado, a economia brasileira cresceu menos do que o da Alemanha
(+1,2%), Coreia do Sul (+2,8%) e Cingapura (+1,6%).
Todos esses países, no
entanto, têm um PIB per capita e um IDH muito superiores ao nosso, o que
equivale dizer que, apesar de termos a 6ª economia do planeta, somos ainda um
país de pobres, mal-educados e mal instruídos e não contamos com um regime
político que aja no sentido de reverter essa situação; pelo contrário.
Prendam a respiração, pois
acabamos de mergulhar no mar do retrocesso, e vamos torcer para que tenhamos
fôlego para nadar de volta à superfície...
Título e Texto: Francisco Vianna, 02-06-2012
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