O atual e sanguinário regime
persa
De modo arbitrário, acusam-se
mulheres de adultério; a sentença é morrer por apedrejamento (ante o olhar
tolerante e permissivo do Ocidente gerado pelo engodo do
"multiculturalismo")
Beatriz W. de Rittigstein
Desde o seu começo, a
revolução fundamentalista islâmica no Irã mostrou seu total desapego pela
condição humana, passou a cobrar de seus cidadãos apenas deveres – quase todos
com base no Corão – e lhes nega
sistematicamente os mais comezinhos direitos da pessoa humana, hoje
reconhecidos universalmente pelas nações civilizadas. Assim, durante a guerra
entre o Iraque e o Irã, o aiatolá Komeini distribuiu 500 mil chaves de plástico
às crianças da cidade de Basij, dizendo a elas que as chaves serviriam para a
sua entrada no paraíso e ordenou que marchassem através de campos minados
entoando cânticos enaltecendo o martírio em louvor a Alá. Milhares dessas
crianças morreram ou ficaram mutiladas nessa guerra, ocupando as linhas de
frente e encarando o fogo do combate. Isso mostra como os 'heroicos'
fundamentalistas islâmicos, até hoje, perpetram seus ataques terroristas usando
mulheres e crianças como escudo humano, para poder em seguida exibir ao mundo a
"perversidade do inimigo".
Independentemente de quem seja
o presidente - que não passa de um pau mandado do clero odioso fundamentalista
- o regime dos aiatolás tem imposto normas estritas pelas quais controla,
escraviza e se imiscui intensamente na vida privada da sua população. Os imãs
fundamentalistas fazem a sua parte de lavagem cerebral dentro das mesquitas,
sob a vigilância constante de watchdogs de
sua famigerada doutrina pseudoreligiosa.
O regime cruel e desumano é
oriundo de um estado totalitário, porém, travestido de institucionalmente
democrático, com Parlamento, Judiciário e Executivo que, todavia, são
marionetes cujos cordões são manipulados pelo clero radical. Tal estado,
persegue seus cidadãos quando estes não cumprem os rígidos códigos do
fundamentalismo islâmico. Entre tantos aspectos, a teocracia é intolerante à
homossexualidade, que é punida com pena de morte. As autoridades estabeleceram
as "patrulhas do terror", por meio das quais a polícia "limpa as
ruas de tais criminosos".
O mesmo radicalismo irracional
se aplica, de modo arbitrário, às mulheres, que são corriqueiramente acusadas
de adultério, para cujo 'crime' a sentença é morrer apedrejada em praça
pública. Além disso, o não vestir-se de acordo a lei sharia - cobrir o cabelo e o rosto com um véu - é motivo para que
elas sejam acossadas, agredidas e até presas pela famigerada "polícia
religiosa".
Em relação à oposição, é só
lembrar como o regime teocrático radical coibiu os protestos após a fraude nas
eleições presidenciais de 2009, que assegurou o poder à marionete do Mahamud
Ahmadinejad. Nessa ocasião, para calar a dissidência, o regime censurou a
mídia, reprimiu as manifestações populares, prendeu num número enorme de
pessoas (prisão em massa), torturou e assassinou.
Quando essa marionete
islamo-fascista chamada Ahmadinejad comparece a foros mundiais, deve-se ter em
mente e adquirir consciência de quem ele é e o perigo que existe em admiti-lo
em nosso meio. A fajutice da alegação de "diferenças culturais" tem
protegido o trabalho francamente subversivo desse facínora em solapar e
menosprezar os nossos verdadeiros valores morais e civilizacionais judaico
cristãos. O ocidente tem tido uma tolerância francamente desproporcional com o
fundamentalismo islâmico que não encontra, nem remotamente, paralelo com tal
atitude por parte de Teerã. Paris e Londres, por exemplo, são vitrines que
exibem tais absurdos.
Texto: Beatriz W. de Rittigstein para o jornal venezuelano 'EL UNIVERSAL'
Título e Tradução livre não literal de Francisco Vianna
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