segunda-feira, 25 de junho de 2012

Hugo Chávez diz que o Paraguai é uma ameaça à Venezuela e à "nossa América"

Francisco Vianna

Hugo Chávez num ato comemorativo ontem, em Caracas, onde anunciou a retirada de seu embaixador do Paraguai e a cessação "a partir deste instante" do envio de petróleo a esse país em repulsa à destituição de Fernando Lugo, a qual qualificou de "golpe de estado"
A comunistada sul-americana está em polvorosa com a fulminante ação do Congresso e legitimação do Judiciário do Paraguai aprovando pelo acachapante placar de 39 a 4, com duas abstenções, o afastamento do Presidente Fernando Lugo.
Hugo Chávez, advertiu ontem que o que aconteceu no Paraguai não pode ser desconectado dos "planos que certamente estão sendo montados contra a Venezuela e outras nações da 'nossa' América". Na sua megalomania, o caudilho do norte considera a América do Sul, e possivelmente até a América Latina toda, como sendo sua, ou seja, das camarilhas comunistas que têm proliferado ao sul do equador.
O tiranete venezuelano está em cólicas para iniciar uma aventura militarista qualquer ao sul de seu país, uma intervenção que coloque o seu nome na história do subcontinente de vez, antes que baixe à sepultura daqui a uns meses. Principalmente, por estar num ano eleitoral em seu país com forte cotação de seu adversário Capriles, em que pese o forte aparato capaz de fraudar as eleições como e quando quiser, o caudilho venezuelano vê o Paraguai, de fato, como uma repentina grande tentação para si e sua corriola vermelha.
O discurso é típico de quem se prepara para uma grande besteira bélica, maior ainda que a cometida pela Argentina do Gal. Galtieri ao invadir o arquipélago britânico das Ilhas Falklands. Chávez conclamou os "os organismos de segurança do estado venezuelano e o povo todo para se prepararem para neutralizar os planos do império" (EUA).
A fala é típica de um militar alucinado e que está com um grande poderio bélico sob seu comando, adquirido à custa do endividamento estratosférico de seu país e da extrema carência de tudo a que submete seu povo altamente empobrecido ao longo dos seus governos socialistas. Resta, contudo, a esperança de que tudo seja apenas um jogo de cena, populista e demagógico, para estimular o falso nacionalismo do eleitorado venezuelano.
Também aproveitou o discurso para fazer campanha política, acusando a "burguesia venezuelana" de "tentar desestabilizar" o país ao "denunciar aos gritos de fraude", os preparativos que a situação está fazendo para garantir a vitória nas urnas, custe o que custar, e para garantir assim um terceiro mandato presidencial consecutivo para si no período de 2013 a 2019.
É preciso que fiquemos atentos ao que esse demente poderá fazer, pois, desgraçadamente conta com o apoio não menos demente de Brasília, da casa Rosada e de Havana. Como anunciei aqui, a esquerda está se preparando para intervir no Paraguai, em que pese a conhecida cantilena brasileira de "não intervenção em assuntos externos de outros países".
Título, Imagem e Texto: Francisco Vianna, 25-06-2012

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