Francisco Vianna
A comunistada sul-americana
está em polvorosa com a fulminante ação do Congresso e legitimação do
Judiciário do Paraguai aprovando pelo acachapante placar de 39 a 4, com duas
abstenções, o afastamento do Presidente Fernando Lugo.
Hugo Chávez, advertiu ontem
que o que aconteceu no Paraguai não pode ser desconectado dos "planos que
certamente estão sendo montados contra a Venezuela e outras nações da 'nossa'
América". Na sua megalomania, o caudilho do norte considera a América do
Sul, e possivelmente até a América Latina toda, como sendo sua, ou seja, das
camarilhas comunistas que têm proliferado ao sul do equador.
O tiranete venezuelano está em
cólicas para iniciar uma aventura militarista qualquer ao sul de seu país, uma
intervenção que coloque o seu nome na história do subcontinente de vez, antes
que baixe à sepultura daqui a uns meses. Principalmente, por estar num ano
eleitoral em seu país com forte cotação de seu adversário Capriles, em que pese
o forte aparato capaz de fraudar as eleições como e quando quiser, o caudilho
venezuelano vê o Paraguai, de fato, como uma repentina grande tentação para si
e sua corriola vermelha.
O discurso é típico de quem se
prepara para uma grande besteira bélica, maior ainda que a cometida pela
Argentina do Gal. Galtieri ao invadir o arquipélago britânico das Ilhas
Falklands. Chávez conclamou os "os organismos de segurança do estado
venezuelano e o povo todo para se prepararem para neutralizar os planos do
império" (EUA).
A fala é típica de um militar
alucinado e que está com um grande poderio bélico sob seu comando, adquirido à
custa do endividamento estratosférico de seu país e da extrema carência de tudo
a que submete seu povo altamente empobrecido ao longo dos seus governos
socialistas. Resta, contudo, a esperança de que tudo seja apenas um jogo de
cena, populista e demagógico, para estimular o falso nacionalismo do eleitorado
venezuelano.
Também aproveitou o discurso
para fazer campanha política, acusando a "burguesia venezuelana" de
"tentar desestabilizar" o país ao "denunciar aos gritos de
fraude", os preparativos que a situação está fazendo para garantir a
vitória nas urnas, custe o que custar, e para garantir assim um terceiro
mandato presidencial consecutivo para si no período de 2013 a 2019.
É preciso que fiquemos atentos
ao que esse demente poderá fazer, pois, desgraçadamente conta com o apoio não
menos demente de Brasília, da casa Rosada e de Havana. Como anunciei aqui, a
esquerda está se preparando para intervir no Paraguai, em que pese a conhecida
cantilena brasileira de "não intervenção em assuntos externos de outros
países".
Título, Imagem e Texto: Francisco Vianna, 25-06-2012
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