quinta-feira, 11 de outubro de 2012

UNESCO conclui que barragem do Tua não põe em causa Douro Património Mundial

Foto retirada daqui

Luís Miguel Queirós
O relatório da missão que a UNESCO enviou ao Douro sustenta que a construção da barragem de Foz Tua é compatível com a manutenção do Alto Douro Vinhateiro (ADV) na lista do património mundial, noticiou a agência Lusa com base numa fonte do Ministério da Agricultura.
O relatório, que terá sido recebido ontem pelo Governo português, afirmará, segundo a fonte citada pela Lusa, que a barragem tem um “impacto visual reduzido” no Alto Douro Vinhateiro, cuja “integridade e autenticidade” não compromete “quer ao nível da paisagem, quer ao nível do processo vitivinícola”.
O documento aplaude ainda a opção de se construir a central eléctrica enterrada, considerada tecnicamente adequada. Durante a visita ao Douro, a equipa da UNESCO ficou a conhecer o projecto do arquitecto Souto de Moura, que pretende compatibilizar a obra da central com a paisagem classificada do ADV.
Para avaliar in loco os impactos decorrentes da construção da barragem no Património Mundial, a missão, composta por três especialistas, esteve no Douro entre 30 de Julho e 3 de Agosto. No relatório que agora apresentou ao Governo português, a UNESCO substitui ainda a recomendação de um “abrandamento significativo” das obras pela referência por um “abrandamento”, sem quaisquer adjectivações.
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Este relatório foi já também comentado pelo embaixador português na UNESCO, Francisco Seixas da Costa, que, no seu blogue Duas ouTrês Coisas, vê nele “uma implícita autorização de prosseguimento das obras de construção da barragem, se bem que a um ritmo limitado (mas já não uma ‘redução significativa’ desse ritmo)”. Convicto de que os sectores que se têm batido contra a barragem “vão continuar a contestar” a sua construção, o diplomata observa que os que se opõem ao projecto “deixam, a partir de agora, de poder esgrimir” o argumento da “eventual incompatibilidade da construção da barragem com o estatuto do Alto Douro Vinhateiro como património mundial”.
Título e Texto: Luís Miguel Queirós, Público, 11-10-2012

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