A discussão voltou a
acender-se com a notícia de que a emigração teria aumentado 85% em 2011 e que
em 2012 a Secretaria de Estado das Comunidades estima a saída de cerca 100 mil
pessoas, na sua grande maioria jovens até aos 30 anos de idade.
O tema é complexo e de difícil
abordagem, mas um país que se insurge contra o seu governo porque os cidadãos
estão a emigrar em massa deve ser um país que julga que é obrigação do Estado
dar emprego a tudo e todos. Os tempos da procura do progresso pelo investimento
público para "estimular" o emprego (como a nossa esquerda tanto
apregoa) acabaram e esperemos que não voltem mais.
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Portugal tem emigrantes em 140 dos 190 países do mundo, sendo a
França a nação que concentra mais portugueses e Santa Lúcia ou ilhas Maurícias
os Estados que registam menos emigrantes, revelam dados do Observatório da
Emigração. Observatório da Emigração
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Diz-se que não é uma decisão
livre e espontânea mas uma inevitabilidade pela situação país. Até será assim
em muitos casos, mas a verdade é que poderíamos trabalhar pelo salário mínimo
ou numa profissão para a qual não estudámos, mas se não nos sujeitamos a isso e
o mercado não oferece oportunidades há que as procurar lá fora. A emigração até
serve como fuga ao saque fiscal em curso no país, portanto bem vistas as coisas
existem bastantes vantagens, ganha o emigrante e ganha o país com as remessas
do mesmo e a inexistência de encargos sociais com o desemprego. Se bem que saem
muitos dos melhores, os mais ambiciosos, os mais empreendedores, os mais
inconformistas, que tanta falta fazem a um país em crise. Claro que isto também
causa uma ponta de revolta, todos gostamos muito do nosso país e custa imenso
estar longe dos que nos são mais queridos, mas é o preço a pagar por melhores
condições de vida e por oportunidades que de outro modo não existiriam.
Por isso às vezes apetece-me apelar a todos os jovens, sem excepção, que emigrem, vão embora, virem costas a esse estado de coisas miserável, abandonem à sua sorte e deixem os oportunistas, as sangessugas, os velhos mentecaptos e senis senadores da nação a chafurdar na merda que criaram com anos a fio de desvario socialista com o dinheiro dos contribuintes, que deixem os parasitas sem hospedeiros contribuintes a quem sugar o fruto do seu trabalho. Afinal de contas Portugal nunca foi um país para jovens, não há um bom salário porque se é jovem, não se é promovido porque se é muito jovem - "ah e tal não tem experiência" - pois então os experientes e os sábios que se aguentem à bronca e resolvam a bela situação onde nos meteram a todos, como se diz na minha terra: desemmerdem-se. Mas o bom senso diz-me para não o fazer, porque penso nos que ficam, nos que não têm hipótese de sair, nos honestos e trabalhadores, nos mais velhos e nos pensionistas, que vêm uma vida de trabalho ir por água abaixo, que constantemente são chamados a pagar mais e mais contas e que a continuar neste rumo arriscam-se a pagar ainda mais.
Por isso às vezes apetece-me apelar a todos os jovens, sem excepção, que emigrem, vão embora, virem costas a esse estado de coisas miserável, abandonem à sua sorte e deixem os oportunistas, as sangessugas, os velhos mentecaptos e senis senadores da nação a chafurdar na merda que criaram com anos a fio de desvario socialista com o dinheiro dos contribuintes, que deixem os parasitas sem hospedeiros contribuintes a quem sugar o fruto do seu trabalho. Afinal de contas Portugal nunca foi um país para jovens, não há um bom salário porque se é jovem, não se é promovido porque se é muito jovem - "ah e tal não tem experiência" - pois então os experientes e os sábios que se aguentem à bronca e resolvam a bela situação onde nos meteram a todos, como se diz na minha terra: desemmerdem-se. Mas o bom senso diz-me para não o fazer, porque penso nos que ficam, nos que não têm hipótese de sair, nos honestos e trabalhadores, nos mais velhos e nos pensionistas, que vêm uma vida de trabalho ir por água abaixo, que constantemente são chamados a pagar mais e mais contas e que a continuar neste rumo arriscam-se a pagar ainda mais.
Felizmente nada do que é
permanece sempre igual e as coisas mudam, pelo que acredito no regresso. Apesar
de tudo, e do muito que ainda há por fazer, sinto que aos poucos o país começa
a entrar nos eixos, que o Governo não vacile e continue com as reformas, pelo
que muitos de nós, certamente, regressaremos no futuro. Nem que seja para gozar
o sol na reforma...
Título e Texto: André Miguel, Forte Apache
Um tio-avô, Constantino, emigrou para o Brasil. Três tios maternos emigraram, dois para a África do Sul, um para o Brasil. Um tio paterno foi para Angola.
ResponderExcluirMeus pais foram para Angola e Congo-Brazzavile. Eu os acompanhei. Depois "emigrei" para o Brasil.
Meus dois filhos mais velhos nasceram no Congo-Brazzaville, estiveram no Brasil e depois imigraram – vivem em Portugal.
Se emigrou por razões econômicas, (eu acho justíssimo procurar novas oportunidades), se emigrou para fugir do serviço militar, se emigrou por diletantismo ou aventura, se emigrou porque chegou uma promoção...
Mas só agora, resolveram (sabe-se quem e porquê) se "escandalizar" com a emigração. Ora, vão catar coquinhos!!!
A arte de implantar uma ideia: a fábula da emigração...
ResponderExcluirhttp://jornalismoassim.blogspot.pt/2012/11/a-arte-de-implantar-uma-ideia-fabula-da.html