O Pessaj (Páscoa judaica)
comemora a libertação do povo judeu da submissão ao Egito.
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Moisés fazendo as águas do Mar
Vermelho se abrirem para dar passagem ao povo judeu escravizado no Egito
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Beatriz W. De Rittigstein
Ao longo destes dias, o povo
judeu está a celebrar a festividade do Pessaj
ou Páscoa judaica, e apesar dos fatos que são comemorados terem ocorrido há
cerca de 3.300 anos, na atualidade, o formidável esforço pelo triunfo da
liberdade e da justiça, dois valores intimamente vinculados entre si, está em
plena vigência.
A liberdade e a justiça são as
bases do sistema democrático que, embora exercido com maiores erros e acertos
pelos diferentes países que o adotam como regime político, é o que proporciona
maiores possibilidades de desenvolvimento civilizacional e está profundamente
relacionado com a natureza do ser humano. A democracia se materializa pela
pluralidade, reconhecimento e respeito pelo contraditório e pela opinião das
pessoas desde que emitidas de boa-fé e com caráter construtivo dentro dos
valores culturais judaico-cristãos. A justiça e a liberdade individual são as
garantias de uma convivência social mais harmoniosa e produtiva para o
bem-estar das pessoas e dos povos.
O Pessaj comemora a libertação do povo judeu do jugo egípcio,
relatada na Bíblia, no Livro do Êxodo: Moisés resgata seu povo e o guia até a
“Terra Prometida”, a terra de Canaã. Assim, a cada ano, os judeus rememoram o
nascimento da pátria judaica e é a ocasião em que esta celebração ocorre como
sendo uma continuação, fazendo com que esse povo "renasça" ao longo
das suas gerações.
O grande ensinamento do Pessaj e a sua importância para o futuro
é a esperança de que qualquer conflito possa vir a ser vencido pelo povo judeu.
Um tirano, como o faraó e uma nação tão poderosa como Egito, na época, foram
derrotados pela fé e pela palavra de Deus. Os escravos puderam se tornar homens
livres e superar as sequelas de tão longo cativeiro.
A história do Pessaj, do conjunto daqueles
acontecimentos que constitui o passado coletivo do povo judeu, é a que deu
ênfase à responsabilidade da memória. Humildemente, os judeus se recordam, ano
após ano, que foram mantidos como escravos no Egito e que a liberdade que
conquistaram há milênios significa um compromisso eterno do judaísmo para com o
resto da humanidade, compromisso esses que os judeus sentem que têm que estar a
cimentar e fortalecer a cada dia que nos é concedido por Deus.
Título e Texto: Beatriz W. De Rittigstein, para o
jornal venezuelano ‘EL UNIVERSAL’,
Tradução livre de Francisco Vianna, 16-04-2014
Eu sou fascinado pela bíblia, apesar de ateu, me fascina a história recontada pelos homens e seus ideais. Tirando deus dos entremeios, vemos a história de um povo pacato, que luta por suas tradições e história. Nenhuma vez os judeus retomaram Jerusalém com lutas, quem lutou na terra santa foram os cristãos fanáticos e os maometanos de mesma estirpe.
ResponderExcluirJudeus foram expulsos e retornados à terra santa, ou maldita dependendo da ótica histórica. Apesar dos deuses e dos poderosos Jerusalém vive a história judaica. cercado pelos fanáticos religiosos e crentes. E por incrível que possa parecer todos sem exceção são descendentes de Abraão, Jesus Cristo, Maomé e o maior profeta mórmon Nefi. Uma luta de irmãos através das centúrias e dos séculos.