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Foto: Paulo Roberto Campos |
O Brasil
conservador, desconhecido da grande imprensa, vota contra a esquerda e impõe
uma grande derrota aos próceres da velha política
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Não poderia ser mais
clara a posição dos brasileiros nas eleições do último domingo.
Ignorando pesquisas eleitorais
que davam vitória a vários candidatos da esquerda, as urnas mostraram um País
desconhecido da grande imprensa.
Em Minas Gerais, a ex-presidente
Dilma Rousseff (PT), até a véspera das eleições considerada a grande favorita
para uma das vagas no Senado Federal, ficou em quarto lugar. Não era apenas uma
derrota eleitoral, mas uma confirmação do impeachment por ela
sofrido há dois anos.
Em São Paulo, o também grande
favorito ao Senado, Eduardo Suplicy (PT), ficou em terceiro lugar, não
conseguindo se eleger.
Os números não mentem. O PT
perdeu 7 senadores e 13 deputados federais. O PSDB, por sua vez, teve resultado
semelhante, perdendo 4 senadores e 25 deputados federais.
No lugar desses políticos,
novas lideranças surgiram, boa parte delas defendendo bandeiras contrárias à
esquerda.
Até recentemente, os jornais
preferiam não ver esse aspecto conservador do eleitorado, desse Brasil profundo
que não costuma sair nos jornais e que não é retratado nas novelas
“progressistas” da televisão brasileira.
Na manhã de segunda-feira,
logo após as eleições de domingo, as manchetes eram claras: “Onda
conservadora muda o mapa político“ (O Globo), “Onda conservadora cria bancada
bolsonarista no Congresso” (El País, Espanha), “A nova onda conservadora no
Brasil“ (Carta Capital), “Bolsonaro surfa na onda conservadora”
(O Estado de S. Paulo), “Eleições 2018: Onda conservadora dá 46% a
Bolsonaro, que enfrenta Haddad no 2º turno” (Folha de S.Paulo) etc.
Mais do que uma “onda”,
trata-se de uma sadia reação conservadora. Seria longo enumerar suas causas,
mas transcreveremos um trecho escrito pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em
1982, que bem explicam, com impressionante clarividência, o que se passou no
Brasil governado pela esquerda:
“Se a esquerda for açodada
na efetivação das reivindicações ‘populares’ e niveladoras; se se mostrar
abespinhada e ácida ao receber as críticas da oposição; se for persecutória
através do mesquinho casuísmo legislativo, da picuinha administrativa ou da
devastação policialesca dos adversários, o Brasil sentir-se-á frustrado na sua
apetência de um regime bon enfant, de uma vida distendida e despreocupada. Num
primeiro momento, distanciar-se-á então da esquerda. Depois ficará ressentido.
E, por fim, furioso. A esquerda terá perdido a partida da popularidade. […]” Folha de S. Paulo.
A esquerda perdeu a partida da
popularidade. A direita, por sua vez, precisará ouvir a voz do País. Assim, não
perderá a Opinião Pública.
Muitos dos candidatos
adaptaram seus discursos para agradar esse eleitorado. Nesse momento, em que
tantos se apresentam como “de direita” e contra o “politicamente
correto”, é preciso cobrar deles a coerência entre o discurso e a prática.
Fazendo eco à “Carta Aberta ao Futuro Presidente” que o Instituto Plinio Corrêa de
Oliveira publicou nos dias que antecederam ao 1º Turno eleitoral: “Esperamos
que o próximo Presidente saiba ouvir a voz dos brasileiros e seja
fiel ao Brasil que todos queremos. Uma nação livre da esquerda “bolivariana”,
que desejou transformar nosso País, nascido aos pés do Cruzeiro do Sul e que
tem como símbolo máximo o Cristo Redentor, em uma terra sem Tradição,
sem Família e sem Propriedade e, por isso
mesmo, sem futuro”.
Enquanto aguardamos o 2º
Turno, agradeçamos a Nossa Senhora a enorme benção que foi essa vitória
conservadora em nosso País nesse último dia 7 de outubro. Que Nossa Senhora do
Rosário, cuja festa foi instituída pelo Santo Papa Pio V em honra da vitória na
Batalha de Lepanto, ocorrida precisamente em um dia 7 de outubro, no ano de
1571, nos proteja e nos guie nesse momento histórico.
Título e Texto: Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, ABIM,
9-10-2018
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