Maria Lucia Victor Barbosa
Tudo se modifica lentamente
através dos tempos. Surgem novas instituições, modas, artes, produtos e muito
mais. Alternam-se ciclos de atraso e progresso ao longo da história o que, por
sua vez, afeta a vida de cada ser humano. Como não poderia deixar de ser
mudanças estão em andamento no Brasil e no mundo.
Observe-se que algumas coisas até há pouco tempo inimagináveis têm acontecido no país e, para isso, recordemos 2013. Naquele ano, de forma inusitada multidões foram espontaneamente às ruas para mostrar seu inconformismo, ainda que de modo difuso. Ninguém entendeu que o “gigante adormecido” emitia sinais de que estava acordando.
31 de agosto de 2016. Os
brados ecoados por milhões de brasileiros nas ruas de todo país culminaram no
impeachment de Dilma Rousseff. Como pior presidente do Brasil, juntamente com
seu criador político, ela nos conduziu à pior recessão de nossa história e não
há governo que resista quando a economia vai mal.
O impeachment foi como um
míssil disparado no peito da esquerda, especialmente do seu maior partido, o
PT, que a partir daí iniciou sua decadência.
Muitos outros sinais
aconteceram mostrando que alterações eram processadas no âmbito político,
comportamental e cultural. Pairava no ar um cansaço cívico na esteira da
corrupção institucionalizada pelo PT, que tinha à frente seu puxador de votos,
Lula da Silva. Sofria a população com o desemprego, a violência urbana, o cruel
sistema de saúde. Nesse contexto ilusões derretiam na percepção das mentiras e
farsas do governo petista.
Simultaneamente, agia no nosso
nada exemplar sistema judiciário, com competência, integridade, inteligência e,
especialmente através da lei, o juiz Sérgio Moro. Desse modo, poderosos da
esfera econômica e política foram parar na cadeia, em que pese ações de
ministros do Supremo que soltaram muitos meliantes de colarinho branco, ladrões
da coisa pública acostumados a delinquir no país da impunidade.
2018 foi um ano marcante. Mais
uma vez o improvável aconteceu. Em 7 de abril Lula foi preso, não por ser um
perseguido ou coitadinho inocente, mas por fartas provas de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Outros processos pairam sobre ele e seus inúmeros
advogados já bateram recordes em recursos, manhas e artimanhas para liberá-lo
da cobertura da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Certamente
continuarão se esmerando nessa azáfama.
Afinal, nunca antes nesse país alguém teve tanto direito de defesa.
Porém, o grande fato histórico
de 2018 foi a derrota da esquerda e a vitória de Jair Messias Bolsonaro. O
candidato, que na versão de analistas e institutos de pesquisa não ganharia de
modo algum, sendo derrotado no segundo turno se lá chegasse até por Marina
Silva, foi eleito por quase 58 milhões de votos. Recorde-se que o PT não perdoa quem ganha
dele.
A posse de Bolsonaro foi
memorável. Assistida por milhões de telespectadores e em Brasília por centenas
de milhares de pessoas. que para lá se deslocaram sem transporte pago ou
mortadela, apenas com o fito de saudar o mito.
Rompendo o protocolo a
primeira-dama, Michelle Bolsonaro, discursou no parlatório em linguagem de libras
cativando o enorme público com sua graciosidade, elegância, beleza e a promessa
que continuará a se dedicar a projeto sociais.
Mudanças políticas, econômicas e sociais virão com o presidente Bolsonaro, o mais cobrado
mesmo antes de assumir, o detestado pela mídia, o odiado pelo PT e suas hostes.
Inclusive, ele continua sendo ameaçado de morte mesmo depois do fracasso do
matador de aluguel que o esfaqueou.
Entrementes, mudanças estão em
andamento no âmbito mundial e aqui. Nesse sentido merece ser citado o magistral
artigo intitulado Outro ‘muro’ marxista que começa a ser derrubado, de autoria
de Carlos Beltramo e Carlos Polo.
Mostram os autores, que “o
‘muro’ do marxismo cultural, não busca o controle dos meios de produção, como
propunha Karl Marx, mas sim da forma de pensar das sociedades”. “O marxismo
cultural foi se apoderando dos meios de comunicação e das universidades com
esse propósito”. “Este autêntico ‘muro’ mental penetrou na cultura e nas
instâncias de poder locais e internacionais, estendendo-se desde o público até
os âmbitos mais privados, como a família e a sexualidade, com fim de controlar
tudo e todos”.
Apesar de tal poderio que
parece indestrutível, Beltramo e Polo entendem que este “muro” está começando a
cair, como caiu o Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989. Eles apontam como
sinais disto, entre outros, “o Brexit, a eleição de Donald Trump, o triunfo de
Viktor Orban como primeiro ministro da Hungria e a exclusão dos ‘estudos de
gênero’ nas universidades, a derrota da legalização do aborto na Argentina, a
eleição de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil”.
Diante da magnitude de tal
mudança se pode compreender o choro e o ranger de dentes do PT e de seus
satélites. Contudo, os detratores do presidente Bolsonaro gritam em vão porque mudanças
acontecem. Felizmente.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
8-1-2019
Marcação: JP
Que suas ricas palavras ecoem nas mentes dos que até aqui deixaram-se anestesiar pelo império global.
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