Agência Senado
Os três projetos de lei que compõem o
pacote anticrime do Senado já estão nas mãos de relatores e podem receber
emendas dos demais senadores ao longo desta semana.
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado |
Os três projetos foram
entregues pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA). Eles são idênticos a propostas
levadas à Câmara dos Deputados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública,
Sergio Moro, em fevereiro. O objetivo é dar andamento imediato ao pacote de
Moro, enquanto a Câmara se ocupa com a reforma da Previdência. A apresentação
de novas versões dos textos foi o único jeito de encaminhar as medidas para o
Senado, porque projetos de autoria do Poder Executivo devem começar a tramitar
pela Câmara.
— Optamos que o foco da Câmara
dos Deputados esteja na reforma da Previdência, e o Senado inicie o debate
acerca desse outro tema de igual modo importante, que é o tema da segurança —
disse a senadora.
Na Câmara, o pacote anticrime
encaminhado por Moro foi despachado inicialmente para um grupo de estudos,
composto por quatro deputados, que fará uma avaliação prévia antes do envio às
comissões temáticas. Os projetos de Eliziane já estão na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A comissão pode ter a palavra
final sobre dois deles: os PLs 1.864 e 1.865, se forem aprovados na CCJ, só
irão ao Plenário em caso de requerimento especial — caso contrário, poderão
seguir diretamente para a Câmara. Já o PLP 89 terá que passar pelo Plenário de
qualquer maneira, por se tratar de projeto de lei complementar (que regulamenta
dispositivos da Constituição).
A iniciativa de Eliziane teve
o apoio de Moro. Em audiência na CCJ na última quarta-feira (27), o ministro
disse que não tem “nenhuma objeção” a que o Senado tome a dianteira nesses
debates, porque o importante é que os projetos sejam discutidos e aprovados “o
mais rápido possível”, com os aprimoramentos do Parlamento.
A presidente da CCJ, senadora
Simone Tebet (MDB-MS), fez um apelo pela aprovação do pacote, em especial pelos
dispositivos que têm a ver com a violência cotidiana. Ela classificou o
problema como um mal que assola o país.
— Nossos municípios não são
mais pacatos. Não há um único pedaço de chão desta terra que não esteja tomado
hoje pelo crime e pelo medo. É atribuição de todos nós darmos uma resposta à
sociedade.
Simone explica que os
relatores receberão as emendas dos colegas e somente depois disso farão a
análise dos projetos, decidindo quais modificações irão incorporar. Por isso,
não é possível prever quando os relatórios serão entregues para votação na CCJ.
O senador Marcos do Val disse
acreditar que o seu projeto não começará a ser votado antes de maio, por conter
muitos temas polêmicos. O PL 1.864/2019 trata de dispositivos legais
referentes, por exemplo, à legítima defesa, à prisão em segunda instância, à definição
de organizações criminosas, aos crimes de resistência e ao regime de segurança
máxima. O senador pretende convidar o ministro Sergio Moro para uma nova
audiência na CCJ e já adianta uma mudança que deve propor ao texto: a inclusão
de testes técnicos periódicos para os policiais.
Título e Texto: Agência Senado, 1-4-2019
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