A frase latina em questão
"delenda Carthago est" quer dizer "é preciso destruir
Cartago" e é atribuída a Catão [foto], o Antigo. Como se sabe, a cidade Cartago enfrentou Roma em
três guerras, ao longo dos séculos III e II a.C.
Depois da 2ª Guerra Púnica, sobretudo depois da batalha de Zama, em 202 a.C., Cartago perdeu muito da sua importância e teve que sujeitar-se às duras imposições feitas pelo vencedor, Roma. Mas, em 153 a.C., Catão o Antigo foi embaixador em Cartago e teve oportunidade de observar de perto o renascimento econômico da cidade. Regressado a Roma, diz-se que, no termo de qualquer discurso que proferisse, não importando o assunto tratado, Catão o acabava com as seguintes palavras: "ceterum censeo Carthaginem esse delendam" ou seja, "quanto ao resto, penso que Cartago deve ser destruída".
Daí "delenda Carthago est" ou "delenda Carthago" (com omissão do verbo sum).
Pois bem, dois mil e cento e
setenta e sete anos depois, não é o (único) senador que profere obsessivamente
essa sentença, agora são muitos os “senadores”. Milhares. Eles estão em toda a
parte, espalhados pelo Brasil e também pelo mundo ocidental, o capitalista, bem
de vida. Eles não vestem a toga senatorial romana, muitos não vestem toga
nenhuma, outros vestem becas de tribunais superiores.
Outros ainda, sem togas nem
becas, disfarçados de jornalistas, cientistas, especialistas, comentaristas,
alarmistas... têm um objetivo comum: mijar, ou cagar, tanto faz, nos quase
cinquenta e oito milhões de cidadãos brasileiros responsáveis pela eleição de
Jair Messias Bolsonaro a presidente da República Federativa do Brasil.
Por e para esse objetivo vale
tudo, investigam, mandam investigar, insinuam, caluniam, mentem, provocam,
discursam, ofendem, insultam, rotulam... e ordenam prender todo aquele que se afirma
ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Não esmoreçamos. Mantenhamos
viva a interpelação (basta trocar o vocativo Catilina por STF, por Psol, por
Maia, por Alcolumbre et cetera):
Quo
usque tandem abutere, (Catilina), patientia nostra?
Quam
diu etiam furor iste tuus eludet?
Quem
ad finem sese effrenata iactabit audacia?
Nihilne
te nocturnum praesidium Palatii,
nihil
urbis vigiliae,
nihil
timor populi,
nihil
concursus bonorum omnium,
nihil
hic munitissimus habendi senatus locus,
nihil
horum ora vultusque moverunt?
Patere
tua consilia non sentis?
Constrictam
omnium horum scientia teneri coniurationem tuam non vides?
Quid
proxima, quid superiore nocte egeris, ubi fueris, quos convocaveris, quid
consilii ceperis, quem nostrum ignorare arbitraris?
O
tempora, o mores!
Até quando, (Catilina),
abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua
loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de
precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da
cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os
homens de bem,
nem este local tão bem
protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto
destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os
teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua
conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu
que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com
quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!
Marcus Tullius Cicero
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O grande problema, não são os que determinam o cumprimento de atos não simpáticos e até antiéticos!
ResponderExcluirO problema, é que estes cumprem a lei em vigor, pois assim determina a constituição.
Se fossem excessos não previstos, seria mais fácil pedir revisão de decisões contraditórias.
Por exemplo, as medidas tomadas pelo STF na maioria são solicitações da procuradoria geral ou de partidos políticos, ou da sociedade,que os provocam , não analisar e não despachar seria do fora do preceito legal
Diz o artigo 140 do Código de Processo Civil que o juiz não pode se eximir de julgar o o que lhe for provocado, não lhe é dado deixar de arbitrar o conflito.
Se o fazem com um indisfarçável prazer, é da personalidade de cada um.
Basta provar que as medidas determinadas são fora de lei em vigor , e eles terão que assumir o excesso de zelo.
Sé isto é antipático para metade da população,é preciso rever as leis , cabe ao congresso,desde que provocado pelo governo,ou a sociedade civil..
Do contrário é chover no molhado!
O Supremo Tribunal Federal do Brasil tem, sim, ministros mais militantes político-ideológicos do que juízes, no sentido stricto sensu de profundos e sérios conhecedores das leis.
ResponderExcluirAliás, se as leis fossem claras não haveria necessidade de advogados, muito menos de juízes.
Quem não lembra da pérfida ginástica mental e “jurídica” do ministro Enrique Ricardo Lewandowski, indicado por Lula da Silva, então presidente do STF, no processo do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso Nacional, em 2016?
O ministro Marco Aurélio de Mello, para minha surpresa, e porque sabe muito mais do que eu, tentou pôr fim a essa vergonhosa militância política, obviamente rechaçada pelos militantes.
Para concluir: um tribunal que solta um condenado em primeira instância a oito anos de prisão, sentença agravada em tribunal de segunda instância para doze anos, não merece a consideração do povo. Me lembrei dos ditos e dos rictos faciais de Gilmar Mendes quando ‘enunciava o seu voto’ sobre a lava-jato...
https://twitter.com/i/status/1279277234826752000
ResponderExcluirDURMA-SE COM UM BARULHO DESTE !
TOFFOLLI AGORA , NA VISÃO DO GOVERNO,É UM ESTADISTA.
O QUE FAZ TER A ADESÃO A VELHA POLITICA,ANMTES EXCOMIN GHADA!!
Para usar o latim corretamente, sugiro corrigir o título: "delendus Bolsonaro est". Cartago, a cidade-estado, é substantivo feminino e concorda com "delenda"; Bolsonaro, mesmo sendo enrustido, é substantivo masculino e concorda com "delendus".
ResponderExcluirRafael
MAIS UM " GARANHUNS PUXASACUS NOM ARREPENDIDUS HONESTUS ENRUSTIDUS"
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