Telmo Azevedo Fernandes
A Argentina já foi um dos
países mais ricos do mundo. No início do sec. XX tinha um PIB per capita
superior ao da Itália, Japão e de França. Teve um crescimento anual médio de 6%
durante os 43 anos anteriores à Primeira Guerra Mundial, acompanhado por um
progresso social sem precedentes.
Mas estes anos de ouro
aconteceram no tempo em que a Constituição da Argentina restringia a capacidade
do governo em interferir na liberdade económica e nas liberdades individuais.
Depois vieram os socialistas, introduziram o controlo de preços, nacionalizaram
empresas, restringiram o comércio internacional, aumentaram os gastos públicos
e subverteram a constituição.
A Argentina tornou-se uma
sociedade corrupta, pobre, rentista, com uma inflação anual de 150%, quase
metade da população a viver na pobreza e assistiu-se ao êxodo maciço de jovens
para o estrangeiro.
Em Portugal a esquerdalha
política do costume, os avençados comentadores das televisões e os colunistas
dos jornais, que durante décadas não quiseram saber da Argentina, tentam agora
esquecer a triste realidade que o socialismo e a agenda progressista trouxeram
ao país, apelidando Javier Milei como louco, fascista e um perigoso ultraliberal.
Nada que não fosse expectável da habitual desonestidade intelectual dos socialistas e neomarxistas portugueses. O curioso, é que em Portugal também muita gente pertencente à Direita envergonhada e às elites urbanas ditas liberais, acham Javier Milei um irresponsável alucinado e menosprezam a sua vitória dizendo que ganhou apenas porque se apresentava como a alternativa à tragédia peronista e ao desespero dos argentinos por mudança.
Ora, Milei teve o maior número
de votos e a percentagem mais elevada em eleições desde o regresso da
Democracia à Argentina. A vitória de Milei é uma derrota da máfia política, de
jornalistas comprometidos, de sindicalistas corruptos, de artistas parasitas,
de homens de negócios amigos do poder, de ativistas da ideologia de género.
Mas Milei, com a sua grande
consistência intelectual, académica e profissional criou um movimento
libertário do nada num país coletivista até à medula. Não é, pois, verdade que
as pessoas que o apoiam o façam principalmente porque rejeitam o sistema atual
e querem que alguém radical o castigue. O fenómeno político de Milei parece ter
conseguido uma verdadeira uma mudança estrutural na mentalidade de milhões de
pessoas – especialmente dos jovens. É sobretudo a vitória da liberdade sobre o
medo.
O socialismo trouxe o mal e o
colapso à Argentina. Não há mais tempo nem lugar para o gradualismo. Salvar a
Argentina exige mudanças drásticas. Os argentinos mais vulneráveis esperam
agora que Milei tenha sucesso. Eu também.
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
22-11-2023
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