Telmo Azevedo Fernandes
Portugal e Espanha estão a mostrar ao mundo um triste e pestilento forrobodó constitucional, a dar testemunho de uma profunda degradação das instituições democráticas e a pôr a nu a pequenez e raquitismo ético dos seus governantes e políticos.
Por cá, Marcelo, envolvido num
caso de cunhas e patrocínio de privilégios no hospital Sta. Maria, manipula o
calendário político e utiliza uma marosca que é uma fraude à Constituição ao
aceitar a demissão do primeiro-ministro, mas anunciando que só a formaliza em dezembro.
Todos os partidos são cúmplices nesta finta terceiro-mundista à Lei.
O primeiro-ministro, apesar de
ele próprio demissionário, mantém em funções o arguido Galamba, um ministro com
condições políticas putrefatas. Em pífio espetáculo de rua, Costa faz
declarações em frente à sede do PS que destroem a réstia de credibilidade e
independência do Governador do Banco de Portugal e expõe Centeno e Marcelo a
manifestações de arranjinhos, mentiras e presunção. Entretanto Costa renega o
melhor amigo numa manobra canalha a que a sua mulher assiste, poeticamente,
sentada no chão.
Por seu lado o Ministério Público parece ter parido um rato com as suas suspeitas de prática de crimes, pedindo por defeito a prisão preventiva para grande parte dos visados na operação “Influencer”, medidas de coação essas que um juiz de instrução, sensatamente, recusou por manifesta falta de sustentação de prova indiciária e impreparação de magistrados preguiçosos. Isto, tendo por exemplo como dano colateral que um presidente de câmara tenha sido obrigado a dormir 5 noites nos calabouços da PSP na sua condição de arguido sendo-lhe imputado, porém, crime nenhum.
Este folclore de indignidades
e comportamentos rasteiros ficam adicionalmente ilustrados com as cenas
patéticas de um chefe de gabinete esconder na residência oficial do
primeiro-ministro, entre livros e caixas de vinho, 75.800€ em numerário
alegadamente provenientes de serviços de consultoria em Angola; ou escutas e
transcrições de conversas com membros do governo num linguajar próprio de
gunas.
Em Espanha, o socialista Pedro
Sanchez coloca o país em ambiente de pré-guerra civil, ao subverter sem pudor e
por completo a Lei e a Constituição, reclamando para si o poder de alterar
decisões judiciais por conveniência política, fazendo pactos com terroristas,
prometendo amnistia para criminosos e chegando ao requinte de dar proteção
policial a foragidos à Justiça.
Mas em Espanha, ao contrário
de Portugal, o povo sai à rua e manifesta-se contra toda esta pouca-vergonha.
A minha crónica-vídeo de
ontem, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
16-11-2023
Continuam agitadas as manifestações em Espanha
Milhares de espanhóis manifestam-se contra amnistia para separatistas catalães
PP leva multidão às ruas em Espanha e promete contestação até haver eleições
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-