Paulo Hasse Paixão
A tragédia que caiu sobre o Rio Grande do Sul, o Estado do Brasil que na semana passada foi atingido por cheias devastadoras, ganhou, como tudo o que acontece hoje em dia na esfera ocidental, uma dimensão política e um vector, mais um, de polarização da sociedade brasileira.
Serve também como evidência de
como é frágil a civilização humana, quando confrontada com as forças da
natureza.
148 mortos, 125 desaparecidos,
756 feridos e meio milhão de pessoas desalojadas (números oficiais). Cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas.
Centenas de milhar ficaram sem água, energia elétrica ou comunicações.
Perderam-se milhares de cabeças de gado.
A atividade agrícola e
industrial ficará em grande parte paralisada por meses, senão anos. Houve
barragens que entraram em colapso. Os prejuízos são incalculáveis. Grassa o
caos e o desespero em larga escala.
Seria de esperar que a
administração local, o governo estadual, o poder federal e a sociedade civil se
congregassem num esforço comum para cuidados imediatos de emergência e ajuda às
vítimas, mas também para reconstruir o que foi destruído.
Seria de esperar, sim, se
vivêssemos num mundo são. Vivemos, porém, tempos doentios.
E o que está a acontecer no
Brasil é precisamente o inverso do que seria expectável. Discórdia entre as
autoridades estaduais e federais, instrumentalização política da
tragédia, imposição de narrativas oficiais através da propaganda corporativa, da censura e da mitigação dos
verdadeiros números de mortos e desalojados, rumores e teorias da conspiração
abundantes, disfunção burocrática e lentidão na resposta governamental, que
está a deixar as populações desamparadas perante a catástrofe.
Dezenas de milhares de pessoas
estão agora em migração à procura de água potável, no Rio Grande do Sul. Na
terceira década do Século XXI. No país mais rico da América do Sul.
(…)
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