sexta-feira, 17 de maio de 2024

A tragédia de Rio Grande do Sul e a fragilidade da civilização

Paulo Hasse Paixão 

A tragédia que caiu sobre o Rio Grande do Sul, o Estado do Brasil que na semana passada foi atingido por cheias devastadoras, ganhou, como tudo o que acontece hoje em dia na esfera ocidental, uma dimensão política e um vector, mais um, de polarização da sociedade brasileira.

Serve também como evidência de como é frágil a civilização humana, quando confrontada com as forças da natureza.

148 mortos, 125 desaparecidos, 756 feridos e meio milhão de pessoas desalojadas (números oficiais). Cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas. Centenas de milhar ficaram sem água, energia elétrica ou comunicações. Perderam-se milhares de cabeças de gado.

A atividade agrícola e industrial ficará em grande parte paralisada por meses, senão anos. Houve barragens que entraram em colapso. Os prejuízos são incalculáveis. Grassa o caos e o desespero em larga escala.

Seria de esperar que a administração local, o governo estadual, o poder federal e a sociedade civil se congregassem num esforço comum para cuidados imediatos de emergência e ajuda às vítimas, mas também para reconstruir o que foi destruído.

Seria de esperar, sim, se vivêssemos num mundo são. Vivemos, porém, tempos doentios.

E o que está a acontecer no Brasil é precisamente o inverso do que seria expectável. Discórdia entre as autoridades estaduais e federais, instrumentalização política da tragédia, imposição de narrativas oficiais através da propaganda corporativa, da censura e da mitigação dos verdadeiros números de mortos e desalojados, rumores e teorias da conspiração abundantes, disfunção burocrática e lentidão na resposta governamental, que está a deixar as populações desamparadas perante a catástrofe.

Dezenas de milhares de pessoas estão agora em migração à procura de água potável, no Rio Grande do Sul. Na terceira década do Século XXI. No país mais rico da América do Sul.

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