Votação foi retomada nesta quinta-feira
(23) e durou cerca de quatro horas. Veja como os desembargadores votaram
Thalita Queiroz e Frederico
Vidal
Com 4 votos a 3, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) formou maioria para absolver o governador Cláudio Castro [foto], o vice-governador, Thiago Pampolha, e o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, das acusações de abuso de poder político e econômico durante o último processo eleitoral. A votação foi retomada nesta quinta-feira (23) e durou pouco mais de quatro horas. Sete desembargadores votaram. Ao final do julgamento, a Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal informou que vai recorrer da decisão.
Na sexta-feira (17),
o relator Peterson Barroso Simão votou pela cassação dos mandatos de
Castro, do vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Alerj,
Rodrigo Bacellar (União Brasil). Durante a leitura do voto, Peterson
Barroso citou os funcionários fantasmas nas 'folhas secretas' do Ceperj
(Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores
Públicos do Rio de Janeiro). "Foi nítido o caráter eleitoreiro. A
responsabilidade direta de Cláudio Castro permitiu conduta ilícita. Tudo foi
muito bem planejado. A quantidade exorbitante em 2022 beneficiou os réus. Está
caracterizado abuso de poder político", afirmou o desembargador. Na
ocasião, o desembargador Marcello Granado pediu vista para analisar o processo.
Já nesta quinta-feira (23), Granado foi o primeiro a declarar o voto. O desembargador julgou improcedente as duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra Castro. Durante a leitura do voto, Granado pontuou que não vê as denúncias de funcionários fantasmas no Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) com capacidade para impactar o resultado final das últimas eleições.
O terceiro a votar foi Gerardo
Carnevale, que concordou com as pontuações levantadas por Marcello Granado. O
desembargador Fernando Marques de Campos Cabral Filho foi o quarto a votar e
discordou com o pedido de cassação de Castro. Ele votou pela absolvição de
todos os réus citados nas denúncias. Após quatro horas de julgamento, foi a vez
da desembargadora Kátia Valverde Junqueira votar. Ela votou pela absolvição de
Castro.
Por último, foi a vez do presidente da Corte, desembargador Henrique Figueira, que votou a favor da cassação.
Na saída da plenária, o
advogado de Cláudio Castro, Eduardo Darmian, comentou sobre a decisão apertada.
"A maioria é soberana, tanto no julgamento como nas urnas",
disse.
O advogado Paulo Henrique
Fagundes, que representa o grupo de Marcelo Freixo nas denúncias, disse que
eles têm até três dias úteis para recorrer da decisão, isso depois da decisão
ser publicada no Diário Oficial. "Lamento que um volume tão grande
de dinheiro tenha passado de forma desapercebida pelos demais. Não se pode
desconsiderar que há a criação de vários projetos sociais em ano eleitoral, e
que as 27 mil pessoas e os R$ 300 milhões aparecem em um momento onde não
poderia ter campanha", disse.
Eram duas Ações de
Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), sendo uma ajuizada pelo candidato
derrotado na eleição de 2022, para o governo do estado, Marcelo Freixo, em
conjunto com a coligação 'A Vida Melhorar' que dava suporte à sua candidatura,
e a segunda oferecida pelo Ministério Público Eleitoral. Ambas versam sobre o
mesmo fato, supostas contratações irregulares feitas por meio da Ceperj, e
serão julgadas em conjunto. A ação do MPE também aborda supostas contratações
irregulares na Uerj.
Os investigados citados
na denúncia eram os deputados federais Aureo Lídio Ribeiro e Max Rodrigues
Lemos; o deputado estadual Leonardo Vieira Mendes; o suplente de deputado
federal Gutemberg de Paula Fonseca; o suplente de deputado estadual e secretário
estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Chim Rossi; o suplente de
deputado federal Marcus Venissius da Silva Barbosa; a secretária estadual de
Cultura e Economia Criativa, ex-subsecretário de Habitação da Secretaria
Estadual de Infraestrutura Allan Borges Nogueira, Danielle Christian Ribeiro
Barros; o ex-secretário estadual de Trabalho e Renda Patrique Welber Atela de
Faria e o ex-presidente da Fundação Ceperj Gabriel Rodrigues Lopes.
Durante a sessão desta
quinta-feira (23), dois desembargadores pediram pela absolvição
do ex-subsecretário de Habitação da Secretaria Estadual de Infraestrutura.
Castro comemora decisão
Após ser absolvido das
denúncias, Cláudio Castro comemorou e valorizou a decisão dos desembargadores.
O governador reiterou sua confiança na Justiça e destacou a democracia. Confira
a nota completa:
"Recebo com profunda
humildade a decisão da corte eleitoral do Estado do Rio de janeiro. Desde o
início deste processo, reiterei a confiança na Justiça, o que se comprovou
hoje. A democracia, pilar fundamental da nossa sociedade, foi brindada com esta
decisão.
Importante destacar que além do trabalho da nossa defesa, que resultou pela
improcedência das ações interpostas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo
candidato derrotado Marcelo Freixo, a decisão respeitou o voto livre e soberano
de mais de 4,8 milhões de eleitores do Estado do Rio de Janeiro.
Repito o que sempre disse ao ex-deputado Marcelo Freixo: respeite o
resultado das urnas e a vontade do nosso povo.
A democracia hoje é a grande vitoriosa."
Título e Texto: Thalita Queiroz e Frederico Vidal, O Dia, 23-5-2024, 19h45
Esqueceram de pagar o Ministério Público???????? Coitado!!!!!!!!!!!! Vamos coçar os bolsos, galera...
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
de Vila Velha, no Espírito SAnto.
- Preciso ir urgente ao banheiro. Escapei por pouco de ser condenado. Ah, que bom morar no Brasil
ResponderExcluirTati (Sitio Shangri-la)