terça-feira, 7 de maio de 2024

[Aparecido rasga o verbo] Corrupção

Aparecido Raimundo de Souza

NUM PAÍS ASSOLADO por uma doença incurável oriunda da depravação dos poderosos, seguida pela covardia hedionda e contaminada pela baixeza deselegante de nossos deputados e senadores, igualmente pela podridão e degenerescência de um congresso esfacelado, de um parlamento contaminado pelo dinheiro fácil e sujo, vivemos um quadro difícil de ser arrancado da frente de nossos olhos. Mesmo norte, nosso povo (o povo brasileiro para ser mais exato) é uma legião imensurável e sem noção, tipo essas baratas tontas sem a visão de um futuro próspero.

A grande verdade é que padecemos cada vez mais a cada dia. Alimentamos uma insolência minguada e enferma, a mesma empatia e igual arrogância que assola a vida dos cidadãos de bons costumes (ou seja, fazemos referência ao descaramento dos maiorais –, ou dos ratos de esgoto que defecam no Planalto central, que cagam em detrimento do cotidiano daqueles que não se deixam levar pelo poder dos larápios e flibusteiros).

A honra e a moral, se desvanecem como fumaça no ar. Pelas ruas de todas as cidades, indistintamente ecoam os passos de pessoas desgastadas, de cidadãos inocentes que nem assinar o nome sabem.  São vistos tais criaturas por outros prismas, todas aquelas que não acreditam em promessas vazias. No coração da cidade, os edifícios imponentes escondem segredos sombrios, ou seja, hominizam mistérios onde líderes eleitos pela burrice galopante de um povo manietado dos olhos, conseguem viver as nossas expensas.

Sem mencionar, mas já o fazendo, os cegos e sem os lampejos da boa cultura, bem ainda, os “sem eira nem beira” obstruídos por conta da miopia, se tornaram marionetes de interesses ocultos. A corrupção (como ferida não cicatrizada, tipo chaga incurável), se infiltra nas mais diversas camadas da sociedade, e não só isso, se espalha como doença maligna incurável que consome o corpo de dentro para fora. Em pedalada igual, distorce o certo, atropela a justiça (que por si só é fraca, caríssima e temerosa, além da garganta larga e ter os olhos cegos), subverte a ordem e alimenta a desigualdade.

Enquanto os poderosos de Brasília se banham em riquezas ilícitas, o povo sofrido clama por mudanças que nunca virão, berram por um amanhã onde a integridade prevaleça sobre a ganância. Apesar de todos os esforços, nada mudará. Todas as desordens e as putaria plantadas seguirão a todo vapor se espalhando feito ervas daninhas. Apesar dos pesares, das contendas e dos sofrimentos dos “fracos e oprimidos” sabemos de cor e salteado nada se transformará para dias melhores. Tudo por aqui, seguirá na mesma proporção dessa escuridão medonha, atrelada a maldita corrupção.

Entendemos que apesar dos picaretas, há faíscas de resistências. Cada voz que se levanta (ainda que ao acaso dos enfraquecimentos, cada ato de coragem, cada gesto de honestidade é um passo firme e marcante, decisivo e justo rumo à luz. A luta, a peleja, a guerra é árdua. A vontade de reconstruir um país miserável e falido, emporcalhado de merdas as mais fedorentas, de uma nação promissora (hoje nas mãos dos canalhas) acreditamos piamente que alicerçados em bases sólidas de uma transparência mais coesa e justiça mais presente, seremos capazes de não deixarmos morrer aquela chama que nunca se apagará.

Num país corrupto e cheio de vândalos e arruaceiros, barbarismos e selvagismos, a maior rebeldia ainda continua sendo a integridade manchada dos poderosos que estão com as suas bundas grudadas no poder, e por conta disso, cantam de galo, como se fossem os donos do mundo. Combater a corrupção é um desafio complexo que requer ações em várias frentes. Aqui estão algumas estratégias que podem ser adotadas.

1) Prevenção: implementar mecanismos de transparência mais rigorosos, realizar testes de integridade para agentes públicos, e destinar parte da verba de publicidade para campanhas anticorrupção.

2) Educação: Promover a conscientização sobre os efeitos nocivos da corrupção e a importância da integridade e ética tanto no setor público quanto no privado.

Na sequência, o

3) Legislação: apoiar leis severas que criminalizem o enriquecimento ilícito e que aumentem as penas para crimes de corrupção, os tornando mais severos e dissuasivos.

4) Tecnologia: utilizar os caminhos da tecnologia para melhorar a fiscalização e o rastreamento de transações financeiras suspeitas.

5) Participação Cívica: Encorajar a participação cidadão na vigilância do governo e na denúncia de atos corruptos.

6) Integridade Empresarial: As empresas devem adotar políticas anticorrupção e práticas de prevenção de riscos em suas equipes.

7) Cooperação internacional: Trabalhar em conjunto com organizações internacionais para combater a corrupção transnacional. Por derradeiro, devemos lembrar sempre que a pendenga é um mal que não se desgruda com facilidade. A peleja pesada e forte contra essa doença maldita é contínua e exige o comprometimento de todos os setores da sociedade.

A começar, obviamente pelas matilhas dos nossos políticos. Sãos esses canalhas os causadores diretos do pais de norte a sul viver chafurdando num tresloucado chiqueiro de merda.

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 7-5-2024

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