A exemplo do autoritarismo de Lula (PT) e de Alexandre de Moraes (STF) no Brasil, o ditador venezuelano, cobrou a regulamentação das redes sociais na Venezuela para combater o "discurso de ódio"
Allan dos Santos
Maduro criticou a falta de
regras nacionais para as redes sociais e recomendou que as autoridades
venezuelanas desenvolvam uma regulamentação. Ele afirmou que os Estados Unidos
utilizam essas plataformas para mobilizar a população venezuelana contra seu governo.
"Não serão quatro declarações do governo dos Estados Unidos que vão
determinar a vida institucional da Venezuela. Não, não, não. A Venezuela não é
colônia de ninguém. Jamais nos guiaremos por chantagem internacional",
disse Maduro.
Maduro acusou as redes sociais de serem ferramentas utilizadas para fomentar o ódio e o fascismo, dividindo a população. "Eles infectaram setores importantes com ódio. E o ódio que eles espalharam através das redes sociais TikTok e Instagram... fazem de forma descarada. Em nenhum país da Europa aceitariam transmissões ao vivo por TikTok ou Instagram de assaltos armados cometidos por criminosos a prefeituras, governos, hospitais, escolas, estações de trem, de metrô, delegacias de polícia, postos da Guarda Nacional. Eles queimaram mais de 250. Queimaram durante o surto fascista de segunda e terça-feira. Vocês acham, como especialistas em geopolítica, que os Estados Unidos aceitariam isso?", questionou.
Maduro enfatizou a necessidade
de recomendações de segurança nacional sobre a regulamentação das redes
sociais. "Os principais instrumentos que multiplicam conscientemente o
ódio e o fascismo e tentam dividir os venezuelanos, criando fanáticos fascistas
que atacam a polícia, os militares ou o povo chavista em suas comunidades são
TikTok e Instagram. E é isso que eu denuncio. Eles têm sido os principais
instrumentos. Sem nenhum tipo de regulamentação nacional. Espero recomendações
do mais alto nível de segurança da nação – Conselho de Segurança, Conselho de
Defesa -, preciso de recomendações sobre este assunto", completou.
A regulação das mídias sociais
também é um tema recorrente do Regime PT-STF no Brasil. O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre
de Moraes, têm defendido a regulamentação das plataformas digitais, especialmente
após os acontecimentos de 8 de janeiro.
Em fevereiro de 2023, Lula
enviou uma carta à Unesco defendendo um esforço global para a regulação das
redes sociais, citando os riscos à democracia e à saúde pública causados pela
disseminação de desinformação. "A regulação deverá garantir o exercício de
direitos individuais e coletivos. Deverá corrigir as distorções de um modelo de
negócios que gera lucros explorando os dados pessoais dos usuários. Para ser
eficiente, a regulação das plataformas deve ser elaborada com transparência e
muita participação social. E no plano internacional deve ser coordenada
multilateralmente", afirmou Lula no documento.
Em entrevista ao SBT, em março
de 2024, Lula reforçou a necessidade de um debate amplo sobre a regulamentação
das redes sociais. "Eu acho que é preciso uma regulamentação das mídias
sociais, mas ela precisa ser resultado de um longo debate entre a sociedade
brasileira, especialistas e usuários dessas mídias. Não podemos confundir
liberdade de expressão com o uso da liberdade para fazer maldade aos outros,
acusações falsas, bullying e incentivos a ataques. Fazer da internet um
instrumento de comunicação e conhecimento para fazer o bem e a regulamentação
precisa ir nesse sentido", declarou Lula.
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