[Pernoitar, comer e beber fora] Celebrando 111 anos, Casa Urich traz novidades e retorno de clássicos em cardápio comemorativo

O DIÁRIO DO RIO esteve no restaurante para conferir o cardápio comemorativo do restaurante centenário do Centro

Larissa Ventura

A Casa Urich, restaurante centenário no centro do Rio, preparou um cardápio especial de celebração aos seus 111 anos. Histórico, o estabelecimento abriu as portas em 1913, fundado pelo alemão Edmund Urich. De lá para cá, o restaurante cativou incontáveis clientes com seus pratos e petiscos alemães. No menu comemorativo, a casa trouxe de volta pratos clássicos muito solicitados, sucessos de outrora,e algumas novidades.

No cardápio especial estão a língua à moda da casa (língua ao molho madeira, com purê de batata e dois ovos fritos, R$ 47), o filet mignon à munich (recheado de queijo gorgonzola, acompanha talharim na manteiga de ervas finas, R$ 80) e o cozido alemão (eisbein cozido, salsichão vermelho e branco, feijão branco, repolho, cenouras e batatas cozidas, R$ 170, até 3 pessoas).

Como inovar também faz parte da tradição, duas novidades foram criadas para o período festivo, que vai de 15 de julho a 30 de agosto: o risoto de eisbein (joelho de porco – R$ 49, individual) e o croquete de schnitzel (R$ 11, a unidade), preparado de maneira bem particular: na Urich, o clássico prato alemão não segue a receita original (é feito com lombo de porco moído e empanado).

“A gente criou esse cardápio para comemorar os 111 anos porque é uma data super especial, né, pra qualquer um… e aí tem uns pratos, por exemplo, a língua, que a gente resgatou. Ele já era servido desde a fundação, mas na pandemia teve que reduzir muita coisa e ele saiu do cardápio, mas sempre tinha umas pessoas pedindo e agora está nessa comemoração“, disse Marisa Fernandes, gerente da Casa Urich.

O DIÁRIO DO RIO esteve no restaurante para conferir o cardápio comemorativo. Experimentamos de entrada o croquete de schnitzel e de prato principal o filet mignon à munich. A entrada surpreende positivamente. Quando se fala em croquete, já temos em mente o tradicional, mas esta versão é diferente e muito saborosa. Vale a pena conferir.

Já o filet mignon à munich foi além do esperado. A jornalista que aqui escreve gosta muito de queijo e não teve dúvidas de qual prato escolher, mas o sabor foi bem além das expectativas. O molho que acompanha a carne, junto do gorgonzola do recheio e a massa, combina perfeitamente, causando uma explosão de sabores. Fica a dica para investir no queijo parmesão, que vem junto do prato, pois deixa tudo ainda mais saboroso. Vale demais a visita para aproveitar o cardápio comemorativo.

Clube do Whisky

O estabelecimento iniciou o Clube do Whisky há aproximadamente 23 anos. O motivo foi um cliente fixo que bebia muito whisky e, como ele era espanhol, passou a receber visitas internacionais por conta do trabalho e levava os convidados ao restaurante. Com isso, ele passou a consumir cada vez mais a bebida.

A partir disso, ele pediu ao proprietário algum desconto, já que estava consumindo muito. O dono do restaurante ofereceu que a cada 10 garrafas, ele ganharia uma. Por sua vez, o cliente aceitou e disse que iria começar a comprar e deixar lá com o nome dele. Os outros clientes viram e começaram a aderir, surgindo o Clube do Whisky.

Na época, a maioria dos estabelecimentos tinha o serviço, porém, como grande parte deles fecharam, a Casa Urich, é um dos poucos lugares onde o Clube continua em funcionamento.

Rua São José, 50 – Centro.

De segunda a sexta, das 12h às 21h

Tel.: 99975-1247

Título, Imagens e Texto: Larissa Ventura, Diário do Rio, 14-8-2024

Anteriores: 
Costelata – costela enlatada com sabor e qualidade gourmet 
Burger King Samouco 
A marisqueira que tinha Viveiros virou Retiro da Madorna 
Santa Teresa comemora a reabertura de dois bares tradicionais do bairro 
Gigante Nordestino 
O Prado, em Belém